Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Alcolumbre trava andamento do PL da Dosimetria e gera novo impasse

O impasse entre Senado e Câmara sobre o PL da Dosimetria gera incertezas na votação. Relator Paulinho da Força aponta falta de consenso.

Quarta, 01 de Outubro de 2025 às 20:18, por: CdB

O relator do projeto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), admitiu que o impasse dificulta até mesmo prever um prazo para apresentação do texto. Segundo ele, sem consenso, não há como falar em votação em breve.

Por Redação – de Brasília

O Projeto de Lei (PL) da Dosimetria congelou no Congresso, diante de um impasse entre Senado e Câmara. O bloqueio é resultado direto da insatisfação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que não aceitou a mudança de rota definida pela cúpula da Câmara sobre a tramitação da proposta.

Alcolumbre trava andamento do PL da Dosimetria e gera novo impasse | Davi Alcolumbre (UB-AP) adia reunião com relator do PL da Anistia
Davi Alcolumbre (UB-AP) adia reunião com relator do PL da Anistia

A alteração previa que a análise tivesse início pela Câmara, e não pelo Senado, como acertado inicialmente. Essa mudança coloca a palavra final nas mãos dos deputados, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém maior influência política.

O relator do projeto, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), admitiu que o impasse dificulta até mesmo prever um prazo para apresentação do texto. Segundo ele, sem consenso, não há como falar em votação em breve.

 

Proposta

Além do desconforto de Alcolumbre, senadores liderados por Renan Calheiros (MDB-AL), Otto Alencar (PSD-BA) e Omar Aziz (PSD-AM) já se organizaram para barrar qualquer proposta que contenha anistia ou forte redução de penas para Bolsonaro.

— Vamos dar ao PL da Dosimetria o mesmo destino da PEC da Blindagem — declarou Renan Calheiros.

Na Câmara, a dificuldade é ainda maior diante da insistência do PL em aprovar um projeto de anistia. Um interlocutor do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), reconheceu que o cenário é desfavorável.

— Do jeito que está, o projeto não irá avançar de jeito nenhum — adianta Motta, que busca se associar a pautas de maior apelo popular como isenção do Imposto de Renda, e evita se desgastar com temas polêmicos ligados ao bolsonarismo, ora em declínio segundo pesquisas de opinião.

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