“Preconceito, racismo e misoginia não passarão. Não nos calarão e não nos intimidarão. Somos vítimas constantes de violência até dentro do parlamento. Desde quando ingressei na política, recebi várias ameaças de morte das milícias e de grupos de ódio. Hoje sou protegida por carro blindado e escolta 24 horas”, afirmou Petrone, em suas redes sociais.
Por Redação – de Brasília
A deputada Talíria Petrone (PSOL/RJ) foi alvo de ataques racistas, na véspera, em suas redes sociais. “Monkey” (macaco), “cão” e até o cabelo da deputada estão entre as agressões à professora de história pela UERJ e mestre em Serviço Social e Desenvolvimento Social.
Os crimes, segundo assessoria da parlamentar, já foram denunciados no Ministério Público Federal (MPF) e no SaferNet — plataforma com atuação no combate a delitos cibernéticos.
“Preconceito, racismo e misoginia não passarão. Não nos calarão e não nos intimidarão. Somos vítimas constantes de violência até dentro do parlamento. Desde quando ingressei na política, recebi várias ameaças de morte das milícias e de grupos de ódio. Hoje sou protegida por carro blindado e escolta 24 horas”, afirmou Petrone, em suas redes sociais.
Barrada
Talíria Petrone é uma militante do movimento feminista negro, socialista e aplicou aulas no complexo da Maré, em São Gonçalo e em Niterói. A deputada acrescenta que esta não é a primeira vez que sofre racismo dentro do contexto político. Petrone lembrda que, mesmo depois de eleita, chegou a ser impedida mais de uma vez de entrar na Câmara devido à sua aparência.
A intelectual e política progressista, no entanto, teve a ‘Lei Mães Cientistas’ sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Apesar do recesso parlamentar, a niteroiense foi para Brasília acompanhar a sanção e comemorar a legislação.
— O Brasil precisa de cada vez mais mulheres nas ciências. A sanção desse projeto é mais um passo nesse sentido. É uma vitória da ciência, das mães e das mulheres e, por isso, uma vitória do Brasil. É só o começo — concluiu.