Hamas

Proposta apresentada pelos EUA prevê trégua de 60 dias em conflito. Grupo palestino se diz pronto para discutir implementação do acordo. Israel envia negociadores ao Qatar.

A declaração é dada após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmar que Israel concordou com as condições para uma trégua de 60 dias no enclave palestino.

Os intensos ataques israelenses em Gaza continuaram inabaláveis, matando ao menos 59 pessoas nesta quinta-feira, de acordo com autoridades de saúde do território.

De acordo com o chefe do Escritório da ONU para Assuntos Humanitários nos Territórios Palestinos Ocupados, Jonathan Whittall, mais de 400 pessoas já foram assassinadas.

O grupo palestino disse em um comunicado que, de acordo com o acordo, libertará dez reféns vivos e 18 corpos em troca da libertação de vários prisioneiros palestinos por Israel, respostas alinhadas com a proposta de Witkoff.

Essa é a primeira vez que o governo Netanyahu confirma oficialmente a morte de Sinwar, que já era especulada desde a semana passada.

Por Rui Martins - A ONU não conseguiu convencer o Hamas a devolver os reféns e nem pôde impedir Israel de bombardear e destruir a Faixa de Gaza com a morte de mais de 50 mil palestinos.

O Hamas destacou que, dessa forma, Israel busca "impor seus próprios termos" ao enclave palestino. "O mundo quer um cessar-fogo e o fim da violência", enfatizou.

Para o grupo, seria necessário que Israel interrompesse o bloqueio humanitário no enclave e acabasse com a ‘guerra da fome’ antes de qualquer tipo de conversa sobre o fim do conflito.

Grupo exige o cessar das hostilidades, a retirada completa das tropas israelenses, a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos e a entrada de ajuda humanitária em Gaza.

Após dois meses de cessar-fogo, Israel rompeu a trégua em 18 de março e voltou a bombardear Gaza. Segundo o governo israelense, a retomada do conflito foi motivada pelas "repetidas recusas do Hamas.

Por Rui Martins - E se o Hamas, considerado por uns como um movimento islâmico nacionalista palestino e por outros como um movimento islâmico terrorista, tiver cometido um erro fatal ou um ato suicida ao atacar os kibutz israelenses vizinhos de Gaza, no 7 de outubro de 2023? E se esse erro persiste ao se negar a libertar os reféns ainda vivos?

O governo israelense bloqueia a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza desde o dia 2 de março e acusa o Hamas de desviá-la, o que o movimento palestino nega.

Segundo a mídia britânica, a fonte palestina afirmou que "a proposta israelense, enviada ao Hamas pelo Egito, incluía um explícito convite ao desarmamento da organização fundamentalista.

Os militares israelenses disseram que o militante visado, Hassan Farhat, estava por trás de um ataque com foguete contra a cidade de Safed no ano passado que matou e feriu vários soldados.

O Hamas lançou uma ofensiva sem precedentes contra o território israelense em 7 de outubro de 2023, deixando mais de 1,2 mil mortos e 240 reféns.

Grande parte do estreito enclave costeiro foi reduzida a escombros, deixando centenas de milhares de pessoas abrigadas em barracas ou prédios bombardeados.

O primeiro-ministro alertou que, quanto mais o grupo fundamentalista "persistir na recusa de libertar" os sequestrados em 7 de outubro de 2023, "maior será a pressão".

Em nota publicada nesta terça-feira, o grupo palestino pede ainda a condenação ao apoio que os Estados Unidos (EUA) têm dado às ações militares de Israel.

Além do líder do Hamas, o Ministério da Saúde de Gaza também confirmou a morte de quatros pessoas, incluíndo pacientes e profissionais de saúde, durante o bombardeio que "causou o pânico.