Rio de Janeiro, 22 de Janeiro de 2025

Putin diz que não há necessidade de novos grandes ataques na Ucrânia

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Sexta, 14 de Outubro de 2022 às 11:47, por: CdB

A invasão da Rússia confrontou Putin com a crise mais profunda de seus 22 anos como líder da Rússia, já que até mesmo aliados leais do Kremlin atacaram as falhas de seus generais e a natureza caótica da mobilização.

Por Redação, com Reuters - de Moscou/Kiev

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta sexta-feira que não há necessidade de novos grandes ataques contra a Ucrânia e que a Rússia não pretende destruir o país.
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O presidente da Rússia, Vladimir Putin
Putin afirmou em entrevista coletiva no final de uma cúpula no Cazaquistão que sua convocação de reservistas russos termina dentro de duas semanas e que não havia planos para uma nova mobilização. Ele também repetiu a posição do Kremlin de que a Rússia está disposta a manter negociações, embora tenha dito que exigiria mediação internacional se a Ucrânia estivesse disposta a participar. Tomados em conjunto, os comentários de Putin parecem sugerir uma ligeira suavização de seu tom à medida que a guerra se aproxima do fim de seu oitavo mês, após semanas de avanços ucranianos e derrotas russas significativas.

Armas nucleares

Mas Putin, que já disse estar pronto para usar armas nucleares para defender a "integridade territorial" da Rússia, também alertou para uma "catástrofe global" no caso de um confronto direto das tropas da Otan com a Rússia. Ele falou depois de uma semana em que a Rússia realizou seus mais pesados ataques com mísseis contra Kiev e outras cidades ucranianas desde o início da invasão em 24 de fevereiro - uma ação que Putin disse ser uma retaliação por um ataque que danificou uma ponte russa para a Crimeia, anexada unilateralmente. Ele disse que não há necessidade de grandes ataques agora porque a maioria dos alvos designados foi atingida. A invasão da Rússia confrontou Putin com a crise mais profunda de seus 22 anos como líder da Rússia, já que até mesmo aliados leais do Kremlin atacaram as falhas de seus generais e a natureza caótica da mobilização. Mas ele respondeu "não" quando perguntado se tinha algum arrependimento, dizendo que não agir na Ucrânia teria sido ainda pior. – Quero que fique claro: o que está acontecendo hoje é desagradável, para dizer o mínimo, mas teríamos a mesma coisa um pouco mais tarde, só que em condições piores para nós, só isso. Então, estamos agindo corretamente e de forma oportuna.
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