O esquema seria encabeçado por Giuseppe Calvaruso, chefe do clã Pagliarelli, da Cosa Nostra, e que vivia foragido no Brasil, mas que foi preso ao viajar à Itália para a Páscoa em 2021.
Por Redação, com ANSA – de Brasília
Uma investigação da Direção Antimáfia do Ministério Público de Palermo, no sul da Itália, e da Polícia Federal levou à prisão de um italiano, Giuseppe Bruno, acusado de integrar uma organização que lavava dinheiro da Cosa Nostra em território brasileiro.
Natural de Bagheria, cidade de 50 mil habitantes na região da Sicília, o suspeito vivia em Natal, no Rio Grande do Norte, desde 2016.
Ao todo, o inquérito levou à apreensão de cerca de 50 milhões de euros (R$ 300 milhões) e de bens atribuídos a 17 indivíduos, todos eles investigados, e 12 empresas atuantes no setores imobiliário, de construção civil e de restaurantes.
Foram executados mandados de busca e apreensão em cinco regiões da Itália (Sicília, Emilia-Romagna, Lazio, Toscana e Vêneto), bem como no Brasil e na Suíça.
Associação mafiosa
Os suspeitos são acusados de crimes como cumplicidade com associação mafiosa, extorsão, lavagem de dinheiro e transferência fraudulenta de valores, agravada pelo objetivo de beneficiar famílias mafiosas.
O esquema seria encabeçado por Giuseppe Calvaruso, chefe do clã Pagliarelli, da Cosa Nostra, e que vivia foragido no Brasil, mas que foi preso ao viajar à Itália para a Páscoa em 2021.
O dinheiro da máfia teria sido investido em atividades empresariais por meio de “sofisticados mecanismos de lavagem de dinheiro baseados, entre outras coisas, na utilização de múltiplas contas abertas em instituições financeiras, principalmente no exterior”, afirmou a Guarda de Finanças, equivalente à PF na Itália.