polícia federal

O objetivo era cumprir mandados de busca e apreensão contra um grupo vinculado a um auditor fiscal suspeito de receber vantagens indevidas.

As investigações tiveram início após a identificação do desvio de R$ 250 mil, valores que haviam sido regularmente destinados a uma ONG localizada no município de Japaratuba.

Durante as investigações, foram reunidos fortes indícios da existência de um grupo criminoso especializado em obter financiamentos por meio de fraudes, utilizando documentos falsificados.

As investigações da PF mostraram que políticos de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia teriam usado meios ilícitos para conseguir votos nas eleições municipais de 2024.

O secretário-executivo do ministério, Manoel Carlos de Almeida Neto, que fez o anúncio, disse que até o momento 600 servidores da PF foram qualificados para a nova função.

O objetivo desta fase é apurar a atuação de um operador financeiro ligado a uma das entidades investigadas.

Agentes da PF cumpriram 11 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, em São Paulo e no Distrito Federal. Os investigados, cujos nomes não foram divulgados, foram proibidos de deixar o país.

Além do crime de fraude licitatória, o grupo é suspeito de crimes de desvio de recursos públicos, peculato, corrupção (ativa e passiva), lavagem de dinheiro e obstrução de justiça.

Durante a deflagração da Operação Adaequare, foram cumpridos um mandado de prisão preventiva e três mandados de busca e apreensão.

Durante a fiscalização do baú do caminhão encontraram um compartimento que ocultava 30 caixas com cerca de 70 aparelhos celulares em cada caixa sem a devida cobertura fiscal.

A organização criminosa contava, segundo a PF, com núcleos especializados na captação de imigrantes, na compra de passagens aéreas, na reserva de hotéis, na falsificação de documentos.

A operação teve início quando um beneficiário tentou sacar seu Fundo de Garantia por Tempo e Serviço e foi informado que o valor já havia sido retirado por uma outra pessoa.

As investigações foram iniciadas pela PF após a prisão em flagrante, realizada pela Polícia Militar de Minas Gerais, de pai e filho, responsáveis por um carregamento de quase 900 kg de maconha armazenado em um galpão alugado em Uberlândia.

De acordo com os investigadores, centenas de agendamentos para consultas médicas no SUS foram realizados pela organização criminosa, que guardava vagas para determinados eleitores, em troca de apoio político e voto nas eleições de 2024.

As diligências realizadas evidenciaram a participação de três outros indivíduos na conduta criminosa tipificada como tráfico internacional de drogas, com funções e responsabilidades bem distintas entre cada um.

Segundo a PF, os policiais apreenderam, durante busca na casa de um dos investigados, 15 cartões bancários, seis celulares, um notebook, um HD externo e um pen drive.

Os trabalhos de apuração serão iniciados nesta quinta-feira, quando, segundo o diretor-geral do Dnit, Fabrício Galvão, “toda a comissão vai se deslocar para o local do desabamento.

As investigações indicaram que o preso “teria saído do Morro do Barbante, monitorado a área de interesse e repassado ao grupo criminoso informações sobre a presença de policiais e viaturas”.

A ação acontece no âmbito das investigações sobre a execução do delator Vinícius Gritzbach, em 8 de novembro, no aeroporto de Guarulhos. O esquema criminoso envolveria manipulação e vazamento de investigações policiais.

As investigações começaram em outubro quando um homem foi preso em flagrante em Caxias, com R$ 1,9 milhão em espécie, sob suspeita de compra de votos.