“A democracia brasileira não irá mais suportar a ignóbil política de apaziguamento cujo fracasso foi amplamente demonstrado na tentativa de acordo do então primeiro-ministro inglês Neville Chamberlain com Adof Hitler“, escreveu o ministro.
Por Redação - de Brasília
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes determinou a abertura de três novos inquéritos para investigar terroristas envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes de Brasília em 8 de janeiro. Os inquéritos, pedidos pela Procuradoria-Geral da República (PGR), dividem-se em três, separados de acordo com o tipo de participação nos crimes: financiadores, executores e autores intelectuais.
“A democracia brasileira não irá mais suportar a ignóbil política de apaziguamento cujo fracasso foi amplamente demonstrado na tentativa de acordo do então primeiro-ministro inglês Neville Chamberlain com Adof Hitler“, escreveu o ministro.
Trata-se da segunda vez que o magistrado do STF usa a associação com Hitler para classificar os terroristas de Brasília. Após a decisão de 9 de janeiro, o ministro fez tais referências históricas, em seu perfil do Twitter.
Crocodilo
“A organização, participação, financiamento e apoiamento ao terrorismo configuram crimes passíveis de imediata prisão em flagrante, uma vez que a lei antiterrorista admite a punição, inclusive, de atos preparatórios”, acrescentou Moraes.
O ministro do STF, sem citar nomes, enquadra as autoridades envolvidas na tentativa de golpe:
“Os agentes públicos (atuais e anteriores) que continuarem a se portar dolosamente dessa maneira, pactuando covardemente com a quebra da democracia e a instalação de um estado de exceção, serão responsabilizados, pois como ensinava Winston Churchill, ‘um apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado”, conclui.