Rio de Janeiro, 21 de Dezembro de 2024

Maia disputará reeleição com Marcelo Freixo mas garante o apoio da direita

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Quinta, 03 de Janeiro de 2019 às 15:50, por: CdB

O PSOL se adiantou e leva o nome do deputado eleito Marcelo Freixo (RJ). Os dirigentes do partido passaram a costurar um acordo com PT, PCdoB e PDT para tentar consolidar uma chapa contra Rodrigo Maia.

 
Por Redação - de Brasília
Após o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, anunciar apoio à candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à presidência da Câmara, parlamentares de partidos de esquerda reagiram e passaram a costurar uma candidatura de oposição.
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Marcelo Freixo (PSOL-RJ) coloca sua candidatura à Presidência da Câmara
O PSOL se adiantou e leva o nome do deputado eleito Marcelo Freixo (RJ). Os dirigentes do partido passaram a costurar um acordo com PT, PCdoB e PDT para tentar consolidar uma chapa contra Rodrigo Maia. Maia, no entanto, contava com o apoio de parlamentares da esquerda. O anúncio do partido de Bolsonaro à candidatura dele, porém, irritou parte dos deputados. Ao todo, PT, PCdoB, PDT e PSOL elegeram 103 deputados.

Construção

Freixo confirmou sua candidatura à presidência da Câmara. — A notícia do PSL antecipou o anúncio. Como que a gente vai fechar com um presidente que tem a agenda do Guedes? É uma candidatura para fortalecer um campo republicano e democrático — disse o parlamentar. Para o líder do PSOL, trata-se de “uma candidatura à serviço dessa construção”. — Precisamos resgatar o espírito da Constituição de 1988. O Congresso tem que se comprometer com o enfrentamento à desigualdade. Essa não será uma prioridade desse governo, tem que ser do Congresso — acrescentou. Reeleição Freixo também vai buscar o apoio da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, à sua candidatura. O PT, por sua vez, deixou claro que não terá candidato próprio. O PSOL também procurou o presidente do PDT, Carlos Lupi, e tentará o apoio do PcdoB e da Rede. Embora Maia diga que ainda falta muito tempo até a escolha de seu sucessor, tem buscado incansavelmente o apoio à reeleição e não considera Freixo um perigo imediato aos seus planos. Maia já penhorou seu apoio à agenda econômica do ministro da Economia, Paulo Guedes, se for reeleito, e comemora o apoio do PSL. Um dos motivos que levava o PSL a votar em Maia era a simpatia de setores da centro-esquerda por sua candidatura. Conservador Mas, agora, deputados aliados a Bolsonaro afastaram o risco de que, no cargo, Maia paute uma agenda de costumes para agradar à esquerda. Conservador, Maia garantiu que não só não apoia a agenda de costumes da esquerda desde sempre, mas não vê futuro na votação das propostas. — Como o campo deles sabe que seriam derrotados hoje em plenário, porque a direita tem maioria — disse, a jornalistas. Assim, Maia adianta que o mote da campanha será "agenda econômica nos próximos dois anos". E, após dois anos: — Não sou mais presidente.
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