A operação policial para capturar Glas, na noite de 5 de abril, horas depois de o México lhe ter concedido asilo político, foi condenada por trinta países e organizações mundiais e regionais como as Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Por Redação, com CartaCapital - de Caracas
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou nesta terça-feira o fechamento da sede diplomática de seu país no Equador depois de a polícia equatoriana atacar a embaixada mexicana em Quito para prender o ex-vice-presidente do Equador Jorge Glas, que se refugiava ali.
– Ordenei fechar a nossa embaixada no Equador, fechar o consulado em Quito, fechar o consulado em Guayaquil e que o pessoal diplomático retorne imediatamente à Venezuela até que o direito internacional seja expressamente restaurado no Equador – disse Maduro.
A declaração foi proferida em uma cúpula virtual da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), cuja presidência temporária é exercida por Honduras.
O governante socialista exige que o Equador entregue Glas ao México.
A operação policial para capturar Glas, na noite de 5 de abril, horas depois de o México lhe ter concedido asilo político, foi condenada por trinta países e organizações mundiais e regionais como as Nações Unidas e a Organização dos Estados Americanos (OEA).
Embaixada mexicana
Glas refugiou-se na embaixada mexicana em dezembro passado, antes de o tribunal emitir uma ordem de prisão por acusações de corrupção durante o seu mandato como braço direito do ex-presidente Rafael Correa.
O governo equatoriano solicitou autorização para entrar na sede diplomática e detê-lo, mas o México recusou.
Maduro criticou o presidente do Equador, Daniel Noboa, por defender o ataque.
– As declarações que o presidente Noboa deu são mais do que um ato de provocação contra o México, são um ato de provocação contra o direito internacional e um desprezo absoluto por todo o marco jurídico – disse Maduro.