Vieira, em sua participação na Câmara, mencionou o Barão do Rio Branco, figura emblemática da diplomacia brasileira, ao enfatizar a importância de negociações para solucionar conflitos.
12h47 – de Brasília
Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira reconheceu nesta quarta-feira, em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, que houve um aumento na distância diplomática entre o Brasil e a Venezuela. O chanceler brasileiro, no entanto, deixou claro que há a menor intenção de rompimento dos laços de amizade com o país vizinho.
— O Brasil reconhece Estados, e não governos — disse Vieira, acerca da tensão entre o Itamaraty e o presidente Nicolás Maduro.
Rio Branco
Vieira, em sua participação na Câmara, mencionou o Barão do Rio Branco, figura emblemática da diplomacia brasileira, ao enfatizar a importância de negociações para solucionar conflitos.
— Ainda que as circunstâncias imponham uma inevitável redução do dinamismo do relacionamento bilateral, isso não significa, de forma alguma, que o Brasil deve romper relações ou algo dessa natureza com a Venezuela. Ao contrário, diálogo e negociação e não isolamento, como bem ensinou o Barão do Rio Branco, são a chave para qualquer solução pacífica na Venezuela — acrescentou o ministro.
Patrimônio
Em um visão mais ampla, segundo Vieira, as relações com os vizinhos latino-americanos devem ser pautadas pelo respeito mútuo e pela diplomacia, características que ele enxerga como parte essencial da política externa brasileira.
— As relações pacíficas e respeitosas com nossos 12 vizinhos são um patrimônio da política externa brasileira — concluiu o chanceler.
O ministro também relembrou o papel do Brasil como garantidor do Acordo de Barbados, que avalisa eleições livres e transparentes na Venezuela.