A ministra da Justiça paraguaia, Cecilia Pérez, disse a repórteres que a diretora da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero foi demitida junto com outros seis funcionários, após a fuga que envolveu membros do grupo criminoso brasileiro Primeiro Comando da Capital (PCC).
Por Redação, com agências internacionais - de Brasília e Pedro Juan Caballero, Paraguai
A fuga de 75 presos do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC), de uma prisão na cidade paraguaia Pedro Juan Caballero, na fronteira com o Brasil, neste domingo, mobiliza a Polícia Federal e as tropas de fronteira. Os presos cavaram um túnel, em uma operação que teria funcionários da instituição como cúmplices, informou o governo vizinho.
A ministra da Justiça paraguaia, Cecilia Pérez, disse a repórteres que a diretora da Penitenciária Regional de Pedro Juan Caballero foi demitida junto com outros seis funcionários, após a fuga que envolveu membros do grupo criminoso brasileiro Primeiro Comando da Capital (PCC).
— É um trabalho que levou dias e é impossível que as autoridades não percebessem que estava para acontecer... obviamente esse era um plano adquirido — disse Pérez à estação de rádio Monumental.
Libertação
O governo paraguaio denunciou o fato à Polícia Federal do Brasil, embora a Procuradoria Geral da República acredite que os fugitivos ainda estejam em território paraguaio. O ministro do Interior, Euclides Acevedo, disse à imprensa local que o túnel pode ter sido um recurso para “legitimar a libertação” de prisioneiros.
— Podemos dizer que eles ainda estão em nosso território. Nessa área, existem muitas áreas arborizadas e eles conhecem o território... são pessoas altamente perigosas — disse a procuradora-geral do Estado, Sandra Quiñónez.
A área é considerada um trânsito para o narcotráfico e um local de operações para grupos como o PCC e o Comando Vermelho, as facções criminosas mais poderosas do Brasil.