Rio de Janeiro, 30 de Outubro de 2024

Dissidentes do PL propõem que legenda bolsonarista seja dividida

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Segunda, 10 de Julho de 2023 às 14:37, por: CdB

Após a intensa discussão no grupo, alguns parlamentares favoráveis à reforma consideram a possibilidade de solicitar à Justiça a saída do PL sem ferir a regra de fidelidade partidária. No entanto, eles são minoria na sigla.


Por Redação - de Brasília

Deputados do Partido Liberal (PL), que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro, partiram para a agressão verbal no grupo de WhatsApp da bancada, três dias depois de divergirem na votação da reforma tributária, uma vitória do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na Câmara, com apoio do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Mensagens vazadas para a mídia conservadora revelaram xingamentos, acusações e até ameaças de abandono do partido.

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Tarcísio de Freitas (PL) tornou-se alvo da ultradireita ao apoiar a reforma tributária


Após a intensa discussão no grupo, alguns parlamentares favoráveis à reforma consideram a possibilidade de solicitar à Justiça a saída do PL sem ferir a regra de fidelidade partidária. No entanto, eles são minoria na sigla, que atualmente conta com 99 deputados e se tornou o maior da Câmara após a adesão de aliados de Jair Bolsonaro.

Reforma


Diante do debate acalorado, o líder da legenda, Altineu Côrtes (RJ), decidiu bloquear o grupo. Expressões como "melancias traidores" (comunista) e "extremistas" foram utilizadas para descrever a nova realidade do partido. A discussão ganhou intensidade quando Vinícius Gurgel (AP) começou a reclamar sobre os "extremistas" e a perseguição nas redes sociais aos 20 parlamentares que apoiaram a proposta da reforma tributária.

 Os deputados então debateram a possibilidade de haver duas lideranças distintas para representar os grupos divergentes no âmbito do partido. Carlos Jordy (RJ) reagiu e disse que o PL não irá retroceder e o caminho será consolidar-se como o maior partido conservador do país. "E aqueles que não aceitam essa posição devem sair do partido”.

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