O WhatsApp detectou um movimento anormal da conta de Bolsonaro, a partir de várias reclamações de pessoas que estariam recebendo spam daquele número de telefone celular.
Por Redação - de São Paulo
O senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do candidato neofascista Jair Bolsonaro (PSL), afirmou em sua conta no Twitter nesta sexta-feira que teve sua conta do WhatsApp banida da plataforma, após a denúncia de crime eleitoral.
"A perseguição não tem limites! Meu WhatsApp, com milhares de grupos, foi banido do nada, sem nenhuma explicação! Exijo uma resposta oficial da plataforma", escreveu o filho de Bolsonaro, na rede social.
Agências
A conta do senador eleito, na realidade, foi banida já há alguns dias. A empresa detectou um movimento anormal da conta, a partir de várias reclamações de pessoas que estariam recebendo spam daquele número de telefone celular. A conta da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT) também foi banida pelo mesmo motivo, na semana passada.
Anteriormente, o WhatsApp enviou uma notificação extrajudicial para as agências Quickmobile, Yacows, Croc services e SMS Market, na qual determinava a interrupção imediata do envio de mensagens em massa; e que parassem de utilizar números de celulares obtidos pela internet, que as empresas usavam para aumentar o alcance dos grupos na rede social. A empresa também baniu as contas do WhatsApp associadas a essas agências.
Banido
Reportagem publicada por um dos diários conservadores paulistanos, na véspera revelou que empresas pagaram por uma campanha de mensagens anti-PT com pacotes de disparos em massa. O custo de apenas um dos vários contratos fechados com as agências era superior a R$ 12 milhões, segundo apurou a reportagem.
“A prática é ilegal, pois se trata de doação de campanha por empresas, vedada pela legislação eleitoral, e não declarada”, lembra a matéria.
Por telefone, falando a jornalistas nesta manhã, o senador eleito afirmou que o telefone que teve o WhatsApp bloqueado é pessoal e “nada tem a ver com uso por empresas”.