Segundo o levantamento, divulgado nesta sexta-feira pela coluna Radar, da revista semanal de ultradireita Veja, porém, apenas 55 desses itens foram mantidos no acervo da União, enquanto 240 foram levados pelo ex-mandatário.
Por Redação - de Brasília e São Paulo
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) consta de uma nova investigação sigilosa, conduzida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou o desvio ilegal de 111 presentes que deveriam ter sido incorporados ao patrimônio da União. Ao longo dos seus quatro anos de mandato à frente do Executivo, Bolsonaro recebeu um total de 9.158 presentes, incluindo 295 oferecidos por autoridades estrangeiras em nome do Brasil.
Segundo o levantamento, divulgado nesta sexta-feira pela coluna Radar, da revista semanal de ultradireita Veja, porém, apenas 55 desses itens foram mantidos no acervo da União, enquanto 240 foram levados pelo ex-mandatário.
Na lista de 240 presentes de chefes de Estado que Bolsonaro teria desviado, ao menos 17 eram de 'elevado valor comercial' e muitos 'sem natureza personalíssima’. Eram, claramente, de “caráter público”, diz o texto. A investigação do TCU também destaca que algumas peças levadas por Bolsonaro nem chegaram a ser catalogadas.
“Foi constatado que há presentes recebidos pelo ex-presidente que não foram registrados”, diz um trecho do relatório do TCU.
Cirurgias
Em meio aos inquéritos em andamento que poderão levá-lo à cadeia, Bolsonaro está prestes a passar por novas cirurgias em razão dos acontecimentos em Juiz de Fora (MG), ocorridos durante a campanha presidencial de 2018. Na próxima segunda-feira, o investigado será recebido no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo.
Estão previstas duas cirurgias adicionais. A primeira busca corrigir uma hérnia de hiato. Se for bem sucedido, Bolsonaro passará por uma terceira cirurgia, desta vez para corrigir um desvio de septo.