Rio de Janeiro, 08 de Fevereiro de 2025

Ultradireita busca motivo para estremecer relações entre Brasil e EUA

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Segunda, 20 de Janeiro de 2025 às 20:32, por: CdB

Respeitadas as diferenças entre a gestão petista de centro-esquerda, do presidente Lula, e as promessas ultraconservadoras de Trump, o relacionamento entre os dois países se mantém intacto, segundo avaliação do chanceler brasileiro, Mauro Vieira.

Por Redação – de Brasília

Embora o governo ultraconservador do presidente norte-americano, Donald Trump, tenha começado há apenas algumas horas, parte do meio diplomático já repercute as especulações de setores da ultradireita, incrustada na máquina pública desde a ascensão do mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL).

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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, não vê qualquer alteração nas relações entre Brasil e EUA

Por canais extraoficiais, fontes diplomáticas não identificadas, sem qualquer relação com os fatos, disseram ao canal norte-americano de TV CNN, nesta manhã, que se sentem “preocupados” com a relação entre os governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do republicano Donald Trump.

 

Itamaraty

Respeitadas as diferenças entre a gestão petista de centro-esquerda, do presidente Lula, e as promessas ultraconservadoras de Trump, o relacionamento entre os dois países se mantém intacto, segundo avaliação do chanceler brasileiro, Mauro Vieira.

Segundo confirma a jornalista Priscila Yazbek, correspondente da CNN em Nova York, Vieira mandou uma carta à sua contraparte norte-americana, Marco Rubio, indicado para o Departamento de Estado dos Estados Unidos, para cumprimentá-lo pela nomeação. Tratou-se, obviamente, de uma mera formalidade e, em nenhum momento, o Itamaraty esperou qualquer resposta por parte do novo Secretário de Estado.

Os diplomatas que se sentem “apreensivos” com a distância entre os dois governos, no entanto, veem aí uma relação fria entre os dois países, “na melhor das hipóteses”. Contudo, a percepção entre a maioria dos diplomatas, segundo a CNN, é que o tratamento pouco assertivo de Trump com Lula era previsível, uma vez que o atual governo dos Estados Unidos tem lado.

 

Divergências

O presidente brasileiro, por sua vez, também não esconde sua preferência. Ainda na campanha presidencial, Lula declarou apoio à vice-presidente Kamala Harris, a dois meses da votação.

— Deus queira que a Kamala ganhe eleição nos EUA — declarou Lula que, a uma semana do pleito, a despeito das pesquisas favoráveis ao republicano, repetiu que torcia pela democrata.

Pragmático, no entanto, Lula afirmou nesta manhã, durante reunião ministerial, que torce para que Trump faça “um bom governo” e, apesar das divergências ideológicas, os norte-americanos continuarão sendo um parceiro histórico do Brasil.

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