O inquérito a que Moraes responde, no âmbito do STF, investiga sua omissão quando foi secretário de Segurança do Distrito Federal (DF) ante o ataque das hostes golpistas às sedes dos Três Poderes. O governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB), também consta das investigações, em curso.
Por Redação - de Brasília
Preso, envolvido de forma definitiva nos atos terroristas de 8 de Janeiro, suspeito de tráfico e mutilação de animais; além de possível cumplicidade com o ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL) na estruturação do frustrado golpe de Estado, o ex-delegado federal e ex-ministro da Justiça na gestão passada Anderson Torres permanecerá encarcerado por mais 60 dias. A determinação foi definida, nesta terça-feira, pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
O inquérito a que Torres responde, no âmbito do STF, investiga sua omissão quando foi secretário de Segurança do Distrito Federal (DF) ante o ataque das hostes golpistas às sedes dos Três Poderes. O governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB), também consta das investigações, em curso.
‘Bem guardado’
“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes, há necessidade de prorrogação do presente inquérito”, escreveu Moraes. A decisão atende a pedido da Polícia Federal.
Deixado à própria sorte, sem que Bolsonaro tenha sequer falado em seu favor, a situação jurídica de Torres piorou após a manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) junto ao STF, no sentido de ser mantida a prisão preventiva de Torres. Moraes havia requisitado a manifestação do Ministério Público Federal (MPF) sobre o pedido de revogação da prisão feito pela defesa do ex-ministro. A PGR recusou o argumento de que a chamada “minuta golpista” encontrada na casa de Torres era para ser descartada.
Segundo a Procuradoria, o documento estava “muito bem guardado”.