A juíza Hardt assumiu a direção da instância federal quando o juiz titular, Eduardo Appio, foi afastado temporariamente do cargo, após liberar o andamento de oitivas comprometedoras quanto à atitude do ex-juiz parcial e incompetente Sérgio Moro (UB-PR), hoje senador, à frente da operação.
Por Redação - de Curitiba
As digitais da juíza substituta Gabriela Hardt, responsável pela 13ª Vara Federal de Curitiba, permanecerão naqueles processos questionados, judicialmente, no âmbito da ‘Operação Lava Jato’, embora ela tivesse pedido para deixar o posto após o avanço das ações que levaram à cassação do então procurador e agora ex-deputado Deltan Dallagnol (Podemos-PR). Hardt teve a solicitação negada para ser removida de jurisdição.
A juíza Hardt assumiu a direção da instância federal quando o juiz titular, Eduardo Appio, foi afastado temporariamente do cargo, após liberar o andamento de oitivas comprometedoras quanto à atitude do ex-juiz parcial e incompetente Sérgio Moro (UB-PR), hoje senador, à frente da operação.
Diálogos
Permanecem, portanto, sob a gestão de Hardt os desdobramentos que, a cada dia, solapam as decisões de Moro e as investigações de Dallagnol. Diálogos entre procuradores da operação aos quais a revista eletrônica especializada ‘Consultor Jurídico’ teve acesso, nesta quarta-feira, por exemplo, revelam que eles ficaram revoltados com uma ação da Procuradoria-Geral da República contra a tentativa de integrantes da força-tarefa de criar uma fundação privada bilionária de "combate à corrupção”.
Na conversa, de 12 de março de 2019, os procuradores reagem a uma ADPF da então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, contra a fundação. A ação sepultaria os planos da ‘Lava Jato’. Em um dos diálogos, uma procuradora sugeriu, como reação à ação da PGR, devolver aos EUA todo o valor recuperado da Petrobras, desfazendo um acordo firmado com o Departamento de Justiça norte-americano.