Rio de Janeiro, 12 de Dezembro de 2025

Comando da Câmara passa por crise inédita, nos últimos anos

A Câmara enfrenta uma crise política sem precedentes, com críticas à liderança de Hugo Motta e tensões internas no Centrão. Entenda os detalhes.

Sexta, 12 de Dezembro de 2025 às 20:21, por: CdB

Ex-presidente da Câmara e principal fiador de seu sucessor, Arthur Lira (PP-AL) tem reclamado de Motta a interlocutores e aponta suas dificuldade para exercer liderança política.

Por Redação – de Brasília

Em meio à pior crise já enfrentada pela liderança do chamado ‘Centrão’, o comando da Câmara atravessa um período de desgaste político marcado por críticas internas, derrotas em votações relevantes e atritos com o PL, maior partido da Casa. Avaliações reservadas de lideranças parlamentares indicam um ambiente de insatisfação crescente com a condução do presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), especialmente após decisões que contrariaram expectativas de diferentes bancadas, segundo apurou a mídia conservadora.

Comando da Câmara passa por crise inédita, nos últimos anos | Deputados do chamado ‘Centrão’ rebelam-se contra a liderança de Motta
Deputados do chamado ‘Centrão’ rebelam-se contra a liderança de Motta

Ex-presidente da Câmara e principal fiador de seu sucessor, Arthur Lira (PP-AL) tem reclamado de Motta a interlocutores e aponta suas dificuldade para exercer liderança política, sendo descrito como alguém sem firmeza para comandar os deputados e pouco aberto ao diálogo com seus pares.

Um dos episódios que ampliaram o desgaste foi a votação envolvendo o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Motta levou ao Plenário o parecer pela cassação do mandato do parlamentar, acusado de agredir um manifestante dentro da Câmara. O resultado, no entanto, foi uma derrota política: os deputados aprovaram apenas a suspensão, e não a perda do mandato.

 

Dosimetria

O enfraquecimento de Motta também atingiu sua relação com o PL, a maior bancada da Câmara. Dois movimentos recentes foram decisivos para acirrar as tensões. O primeiro foi a inclusão na pauta da cassação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Outro ponto foi a condução do Projeto de Lei (PL) da Dosimetria, que reduz penas, mas não reverte a prisão e a inelegibilidade do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL).

Edições digital e impressa