Duas crianças, com o rosto distorcido, contam que tiveram a “casa arrombada” e aparelhos “roubados” pela PF, ao se referirem ao cumprimento legal de mandado de busca e apreensão na casa deles. As crianças também atacam o delegado da PF Fábio Shor, responsável por inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Por Redação – de Brasília
Investigadores da Polícia Federal (PF) têm avaliado os vídeos publicados pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES) com ataques à corporação. Os ataques à PF podem motivar novas punições ao político, que já é alvo de outros inquéritos por suspeita de conspirar contra o Estado democrático e de Direito.
O senador, que já teve as redes sociais suspensas e foi alvo de busca e apreensão, classificou a PF como “capataz de Alexandre de Moraes” nos conteúdos publicados. Em um dos vídeos, do Val traz depoimentos de filhos do blogueiro Oswaldo Eustáquio, que está foragido.
Críticas
Duas crianças, com o rosto distorcido, contam que tiveram a “casa arrombada” e aparelhos “roubados” pela PF, ao se referirem ao cumprimento legal de mandado de busca e apreensão na casa deles. As crianças também atacam o delegado da PF Fábio Shor, responsável por inquéritos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo apurou a PF, houve o uso das imagens das crianças para evitar sanções, mas Marcos do Val pode ser punido mesmo assim. A Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF) informou que vai buscar caminhos jurídicos para denunciar o senador.
“Os elementos informativos e provas produzidas no inquérito policial devem ser discutidos pela via adequada, ou seja, a judicial, não sendo admitida em hipótese nenhuma a personalização das críticas em redes sociais com objetivo de ferir e expor moralmente o profissional responsável pela condução do inquérito policial”, diz a nota pública.
No vídeo, do Val afirma que “assim que Trump for eleito, ele prometeu trabalhar incansavelmente para ver o ministro Alexandre de Moraes na cadeia”.