Rio de Janeiro, 24 de Abril de 2025

Saída de Dallagnol do serviço público não surpreende defesa de Lula

"Não surpreende porque confirma algo que demonstramos reiteradas vezes nos processos, em especial daqueles contra o presidente Lula: o uso da Justiça para atacar adversários com intenções políticas. Isso está, inclusive, em nosso comunicado à ONU sobre as ilegalidades que Lula sofreu", disse Zanin Martins.

Sexta, 05 de Novembro de 2021 às 15:36, por: CdB

"Não surpreende porque confirma algo que demonstramos reiteradas vezes nos processos, em especial daqueles contra o presidente Lula: o uso da Justiça para atacar adversários com intenções políticas. Isso está, inclusive, em nosso comunicado à ONU sobre as ilegalidades que Lula sofreu", disse Zanin Martins.

Por Redação - de São Paulo
Advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cristiano Zanin Martins não demonstrou qualquer surpresa com a recente filiação do ex-juiz Sergio Moro ao Podemos para disputar a Presidência da República em 2022 e a saída do procurador Deltan Dallagnol do Ministério Público Federal.
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O procurador Deltan Dallagnol vazava notícias para o site O Antagonista, revelam mensagens trocadas entre ele e o jornalista Diogo Mainardi
— Creio que eu posso fazer mais pelo Brasil fora do MPF — anunciou o procurador. O caminho provável é uma candidatura a deputado federal ou senador. — Não surpreende porque confirma algo que demonstramos reiteradas vezes nos processos, em especial daqueles contra o presidente Lula: o uso da Justiça para atacar adversários com intenções políticas. Isso está, inclusive, em nosso comunicado à ONU sobre as ilegalidades que Lula sofreu. A Lava Jato sempre foi uma operação que tinha objetivos políticos e esses movimentos recentes só reforçam, mais uma vez, tudo que dizíamos desde 2016 — afirmou Zanin Martins a jornalistas.

Sanção

A decisão também foi recebida sem surpresa por integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e da Procuradoria-Geral da República (PGR). Deltan Dallagnol ao deixar a Procuradoria comprova que, para ele, os fins justificam os meios. O agora ex-procurador, no entanto, precisará declinar de recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra punição recebida em 2019. Caso contrário, o processo continuará em aberto. Ou seja, pela tese, para estar na urna, Dallagnol terá de aceitar a sanção de advertência e admitir o erro. Em um breve resumo de avaliação reservada feita no gabinete do procurador-geral Augusto Aras, Dallagnol “não fará falta porque tem dificuldades em lidar com princípios como o da impessoalidade, da unidade institucional e do respeito ao devido processo legal”. No site de humor ‘Sensacionalista’, os redatores aproveitaram para fazer piada: “Dessa vez como candidatos, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol anunciaram que participarão pela segunda vez das eleições”.
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