A fala ocorreu após a leitura, no palco, de uma notícia segundo a qual Ciro teria declarado estar “orgulhoso” de ter redigido a ação que levou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a tornar Jair Bolsonaro inelegível em 2023.
Por Redação – de Brasília
Bombardeada internamente no PL pelos filhos do marido, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro abriu um novo front de batalha. Dessa vez, contra o ex-candidato à Presidência da República Ciro Gomes (PSDB). Nesta segunda-feira, a mulher do ex-mandatário neofascista fez duras críticas ao PL do Ceará por sua aproximação com o ex-governador do Estado.

Na véspera, Michelle Bolsonaro já havia se pronunciado durante o lançamento da pré-candidatura do senador Eduardo Girão (Novo) ao governo cearense. Durante a cerimônia, Michelle afirmou que a movimentação do partido foi conduzida de uma maneira “apressada”.
A fala ocorreu após a leitura, no palco, de uma notícia segundo a qual Ciro teria declarado estar “orgulhoso” de ter redigido a ação que levou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a tornar Jair Bolsonaro inelegível em 2023. Foi quando ela criticou duramente a direção estadual do partido.
— Tenho orgulho de vocês, mas não dá para fazer aliança com alguém que é contra o maior líder da direita. Vamos trabalhar para eleger o Girão. Vocês se precipitaram nessa aliança — condenou.
Negociação
De pronto, o presidente estadual do PL, deputado André Fernandes, rebateu as críticas e sustentou que a aproximação com Ciro Gomes foi negociada com o marido dela, antes da prisão na semana passada. Ele também afirmou que o movimento teria respaldo do presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto.
Ciro Gomes, que saiu do PDT para se filiar ao PSDB, é cotado como possível candidato ao governo do Ceará, em 2026. Ele pode enfrentar o atual governador Elmano de Freitas (PT).