Deputados da legenda, segundo apurou a mídia conservadora, articulam a ejeção de Ciro para proteger o alinhamento partidário e assegurar o melhor desempenho nas eleições de 2026. O deputado Josenildo (PDT-AP) foi enfático ao afirmar que tomará medidas formais.

Na realidade, o que está em jogo é o futuro do PDT. Com planos de fusão já para 2025, a sigla busca fortalecer sua posição e superar a cláusula de barreira em 2026, que pode determinar sua continuidade como partido.

Foram ouvidas 1 mil pessoas entre os dias 12 e 14 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.

As ligações de Ciro Gomes com a extrema direita, no entanto, não se resumem ao Estado cearense. O PDT, fundado pelo socialista Leonel de Moura Brizola, hoje sob a influência de Ciro Gomes, une forças com o Partido Liberal (PL) do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro no Ceará e em Goiás. Para derrotar a coligação do PT no Ceará, o PDT e o PL uniram suas forças em Juazeiro do Norte e no Crato.

Dos R$ 3,18 bilhões mencionados, apenas R$ 1,68 bilhão correspondem a precatórios adquiridos por bancos privados. Os restantes R$ 1,5 bilhão representam precatórios cujos credores originais são as próprias instituições financeiras.

A filiação de Cid Gomes e de cerca de 40 prefeitos de sua ala ocorreu após uma série de divergências internas no PDT.  Em outubro passado foi quando os ânimos se exaltaram de vez e, durante encontro no Rio, os irmãos quase chegaram as vias de fato.

A resposta foi imediata, com um tapa de Ciro Gomes no rosto do provocador. No vídeo divulgado, não é possível ver o momento do tapa devido à movimentação do celular, mas o próprio Ciro reconhece a reação, na sequência de imagens.

A desidratação acelerada do partido, que foi a termo durante encontro com 46 prefeitos em Fortaleza, na terça-feira, reacendeu os debates e trocas de acusações entre os grupos antagonistas liderados por Ciro e Cid. A saída mais recente inclui aliados do senador, como Ivo Gomes, prefeito de Sobral e irmão de ambos, assim como a deputada estadual Lia Gomes.

“Tá tudo dominado, que nem as periferias estão pelas facções criminosas. Eu vou dizer para vocês: hoje, no Ceará, que era famoso pela decência, (…) não se realiza uma obra pública sem pagar propina!", acusou Ciro Gomes.