"A gente não pode ficar tentando coagir ninguém para nos apoiar (…) Quero que o Ciro Gomes tenha liberdade de decidir o que ele quiser, como quiser e na hora que quiser. Não vou ficar importunando o Ciro Gomes", disse Lula.
Por Redação - de São Paulo
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado que não vai ficar “importunando” o pedetista Ciro Gomes por um apoio mais claro na reta final das eleições.
— A gente não pode ficar tentando coagir ninguém para nos apoiar (…) Quero que o Ciro Gomes tenha liberdade de decidir o que ele quiser, como quiser e na hora que quiser. Não vou ficar importunando o Ciro Gomes — disse Lula.
Ele afirmou ainda que o presidente do PDT, Carlos Lupi, e parlamentares da legenda já participaram de atividades com ele no segundo turno.
Casa de praia
Gomes, neste sábado, voltou às redes sociais, após um longo período de distanciamento, mas para manifestar solidariedade à ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), pelos ataque sofridos por Roberto Jefferson. Ele evitou tocar no nome de Lula.
O pedetista classificou as falas como “absurdas e criminosas”. Jefferson proferiu ofensas à magistrada por seu voto favorável à punição da emissora Jovem Pan por declarações contrárias ao ex-presidente. O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) considerou as falas distorcidas ou ofensivas.
“Que as instituições brasileiras apurem e punam seus autores”, escreveu Ciro Gomes no Twitter.
“Minha solidariedade à ministra Carmen Lúcia, do STF, vítima de ataques absurdos e criminosos”, acrescentou o candidato derrotado, que passa as semanas após o primeiro turno em uma casa de praia, no litoral cearense. Ao perder as eleições, em 2018, Gomes se retirou em Paris.
‘Monstros’
A também ex-candidata Simone Tebet (MDB) se manifestou sobre os ataques de Jefferson na manhã deste sábado. Ela afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) tirou do armário “monstros”, em referência a homens que “acham que têm o direito de manchar a honra das mulheres brasileiras”.
“Não é porque é ministra do Supremo Tribunal Federal, não é porque é uma autoridade pública. É porque é uma mulher. O Brasil precisa respeitar as mulheres brasileiras. É nisso que o atual presidente transformou o nosso país, tirando do armário esses monstros que acham que têm o direito de manchar a honra das mulheres brasileiras — concluiu.