Exposta publicamente por rechaçar o apoio do PL ao ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) ao governo no Ceará, a presidente do PL Mulher fez prevalecer sua vontade na reunião convocada pela cúpula do partido para “enquadrá-la”.
Por Redação – de Brasília
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro saiu fortalecida após o mais novo embate com seus enteados, depois da prisão em regime fechado do marido, o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses por golpe de Estado, entre outros crimes.

Exposta publicamente por rechaçar o apoio do PL ao ex-ministro Ciro Gomes (PSDB) ao governo no Ceará, a presidente do PL Mulher fez prevalecer sua vontade na reunião convocada pela cúpula do partido para “enquadrá-la”.
Ao final, a sigla suspendeu o acordo e disse que a estratégia será reavaliada no Estado. Participaram do encontro o presidente nacional da legenda Valdemar Costa Neto, os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Rogério Marinho (PL-RJ), e o deputado e presidente do PL no Ceará, André Fernandes (PL-CE).
Condições
Michelle Bolsonaro não descartou, porém, que um acordo possa ser construído por André Fernandes, mas exigiu que Ciro Gomes, líder político influente no Ceará, faça gestos explícitos em favor de sua família, com uma retratação pública.
De acordo com integrantes do PL, uma das exigências seria que o ex-ministro faça inclusive críticas ao processo do plano de golpe de Estado e à prisão do ex-presidente. Essas condições seriam essenciais para que Michelle pudesse relevar críticas feitas por Ciro ao marido no passado
Na carta que divulgou após o desentendimento público com os enteados, porém, Michelle disse que não há hipótese de apoiar Ciro, que chamou o ex-presidente de “genocida”, “ladrão de galinhas” e “frouxo”, entre outros adjetivos. Ao prevalecer no debate, Michelle testa sua força no partido, com apoio implícito de Costa Neto.