Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Câmara suspende salários de fugitivos, mas não desativa os gabinetes

A Câmara dos Deputados suspendeu os salários de parlamentares foragidos, mas os gabinetes continuam ativos, gerando custos. Entenda os detalhes.

Segunda, 01 de Dezembro de 2025 às 19:45, por: CdB

Segundo a Câmara, cada parlamentar tem direito a R$ 133.170,54 para contratar até 25 funcionários, com salários que vão individualmente até R$ 18.179,88.

11h34 – de Brasília

Os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ), Carla Zambelli (PL-SP) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também conhecido como filho ’03’, tiveram seus salários e valores de cota parlamentar cortados pela Câmara, nesta segunda-feira, mas os gabinetes dos três permanecem ativos e gerando custos aos contribuintes. 

Câmara suspende salários de fugitivos, mas não desativa os gabinetes | O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) encontra-se foragido em Miami, nos EUA
O deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) encontra-se foragido em Miami, nos EUA

Segundo a Câmara, cada parlamentar tem direito a R$ 133.170,54 para contratar até 25 funcionários, com salários que vão individualmente até R$ 18.179,88. Juntos, Ramagem, Zambelli e ’03′ têm 27 funcionários, o que representa um custo de cerca de R$ 400 mil.

Em setembro, Ramagem foi condenado pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 16 anos e um mês de prisão, por participação na trama golpista. O último salário dele que consta no site da Câmara foi pago em setembro, no valor de R$ 46.366,19.

 

Despesas

Ramagem recebeu, ainda, valores da cota parlamentar em outubro (R$ 20.848,29) e novembro (R$ 230,00). O valor mensal, a que todo parlamentar tem direito, corresponde ao custo de despesas típicas do exercício do mandato parlamentar, como aluguel de escritório de apoio ao mandato no estado, passagens aéreas, alimentação, aluguel de carro, combustível, entre outras.

Já Zambelli teve salário pago até maio deste ano. A deputada foi presa na Itália, em julho, após fugir pelos Estados Unidos. Em junho, o STF decretou a prisão definitiva parlamentar para o início do cumprimento da pena pelos crimes de falsidade ideológica e invasão do sistema de informática do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Eduardo Bolsonaro, por sua vez, foi pago até julho.

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