Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Representação na ONU aponta mandatário neofascista como genocida

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Terça, 27 de Junho de 2023 às 15:48, por: CdB

Peritos estrangeiros cobram respostas do governo para o que chamam de “questões estruturais e sistêmicas” em diversas áreas. Em especial sobre a situação da pandemia de covid-19 e a crise humanitária envolvendo os povos indígenas.


Por Redação, com agências internacionais - de Genebra

A representação do governo federal nas Nações Unidas afirmou, nesta terça-feira, que um processo de genocídio contra povos indígenas estava em curso sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL). O país está sob sabatina do Comitê de Direitos Humanos da ONU nesta semana.

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Sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra


Peritos estrangeiros cobram respostas do governo para o que chamam de “questões estruturais e sistêmicas” em diversas áreas. Em especial sobre a situação da pandemia de covid-19 e a crise humanitária envolvendo os povos indígenas.

A presidente do Comitê, Tania Maria Abdo Rocholl, considerou que as mortes pela covid-19 no país atingiram números “muito elevados”. Na véspera, ela pediu explicações sobre a existência de alguma campanha para conscientizar a população sobre os riscos da pandemia. E quais medidas foram tomadas para proteger grupos mais vulneráveis, como indígenas e negros.

‘Gripezinha’


O Comitê a ONU ainda foi informado que a situação foi pior em relação aos povos indígenas, que tiveram atendimento negado em terras não demarcadas. O governo brasileiro também informou aos peritos que, no caso do povo Yanomami, com Bolsonaro “estava em curso um processo de genocídio”. E que “omissões” permitiram que as terras indígenas fossem invadidas por 30 mil garimpeiros e criminosos. Por isso, a meta é salvar o povo Yanomami e expulsar os invasores.

A presidente Tania Rocholl se disse preocupada com o fato de o país ter sido alvo de medidas inadequadas por parte da cúpula do governo de orientação neofascista. E que no caso da covid, “o mais alto nível” político tenha tratado a doença como uma “gripezinha”; além de pressionar pela volta ao trabalho.

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