Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Quadrilha que furtava celulares e acessos bancários é presa na Zona Sul

Seis integrantes de uma quadrilha que furtava celulares e dados bancários foram presos na Zona Sul do Rio. A operação revela o esquema criminoso que movimenta grandes quantias de dinheiro.

Quarta, 19 de Novembro de 2025 às 12:09, por: CdB

Os bandidos armados abordavam e ameaçavam pedestres e motoristas no Jardim Botânico, Gávea e Lagoa, exigindo celulares, senhas e joias.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

Uma operação da Polícia Civil prendeu seis integrantes de uma quadrilha especializada em roubos e furtos de celulares na Zona Sul do Rio, nesta quarta-feira. O grupo, que atua a partir do Complexo do Lins, na Zona Norte, usava motocicletas para abordar as vítimas e agir de forma rápida roubando os aparelhos e dados bancários delas. 

Quadrilha que furtava celulares e acessos bancários é presa na Zona Sul | Grupo atuava do Complexo do Lins ligado ao Comando Vermelho
Grupo atuava do Complexo do Lins ligado ao Comando Vermelho

Os presos são Andreia Cajado Moura, Bruna Alves Coelho, Luiz Carlos dos Santos Moraes, Marcos Eduardo Gonçalves Lima, Rodrigo de Almeida Silva e Yandra Rafaela Moura de Souza. Outros dois investigados seguem foragidos. A 40ª Vara Criminal e da 3ª Vara de Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio expediram os mandados de prisão.

De acordo com a 15ª DP (Gávea), a quadrilha tem ligação com o Comando Vermelho, e alimenta um mercado paralelo baseado na venda dos dados bancários. A delegada titular, Daniela Terra, explica que o esquema movimenta alto volume financeiro diário.

– Esse ciclo, roubo e furto de celulares, uso de dados das vítimas, compra e revenda de mercadorias obtidas de forma ilícita, é o que garante um fluxo de dinheiro diário grande para as organizações criminosas. 

Repasse de dados das vítimas 

Os bandidos armados abordavam e ameaçavam pedestres e motoristas no Jardim Botânico, Gávea e Lagoa, exigindo celulares, senhas e joias. Em seguida, os aparelhos eram levados a um ponto próximo para que os dados fossem repassados a um grupo interno da quadrilha.

Além dos assaltantes, outros membros eram responsáveis por usar esses dados para compras online, transferências via Pix e pagamentos indevidos. Comparsas cediam seus endereços para receber mercadorias adquiridas com informações roubadas, geralmente em locais próximos a comunidades dominadas pelo tráfico.

As joias eram revendidas a ourives que atuam dentro do Complexo do Lins, e compram os itens por valores abaixo do mercado. Parte era revendida, parte virava peças usadas pelos próprios criminosos para ostentação nas redes sociais.

Durante uma das buscas, a Polícia Civil apreendeu R$ 9 mil em espécie, cadernos de contabilidade e grande quantidade de ouro na casa de um desses ourives. 

– Temos vários cordões grossos, todos em ouro, e o que chama atenção são esses cordões pequenos, gargantilhas com grande valor sentimental: pingentes com números e letras. São peças arrancadas do pescoço das vítimas por criminosos que circulam de moto roubando pedestres e motoristas – disse a delegada. 

A operação segue em andamento.

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