Nesta manhã, o senador Paulo Rocha (PT-PA) afirmou que a PEC prevê a liberação de R$ 175 bilhões fora do teto de gastos para 2023. O valor, segundo ele, inclui R$ 70 bilhões para investimentos e R$ 105 bilhões para programas sociais e aumento real do salário mínimo, além de outros custos.
Por Redação - de Brasília
Para liberar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Bolsa Família, no Congresso, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou que seu precursores nas negociações com o presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), conversassem sobre a manutenção do adversário na Presidência da Casa.
Nesta manhã, o senador Paulo Rocha (PT-PA) afirmou que a PEC prevê a liberação de R$ 175 bilhões fora do teto de gastos para 2023. O valor, segundo ele, inclui R$ 70 bilhões para investimentos e R$ 105 bilhões para programas sociais e aumento real do salário mínimo, além de outros custos.
A PEC excepcionaliza o Programa Bolsa Família do teto de gastos pelos próximos quatro anos, disse à emissora o deputado federal Reginaldo Lopes (MG), líder do PT na Câmara. De acordo com Rocha, o governo eleito levará adiante esta proposta, e não outras que foram apresentadas paralelamente, como pelo PSDB, por exemplo.
Revezamento
O PT sinalizou, ainda, que poderá apoiar a recondução de Lira, na condução da Câmara, em troca de um maior envolvimento do parlamentar na aprovação da PEC. A sinalização vem na esteira da movimentação feita por Lira para formar uma chapa única pelo comando da Casa, que uniria até mesmo legendas antagônicas como o PT, PL e Republicanos.
O acordo permitiria a Lira o comando na divisão de espaços estratégicos na Casa e que garantem o destino de votações relevantes no Legislativo – seja para fazê-las avançar mais rápido, seja para travá-las. Pelo arranjo, o União Brasil revezaria pelos próximos quatro anos o comando das comissões de Constituição e Justiça e a de Orçamento com o PT e o PL.