Em um post na rede X (ex-Twitter), Hoffmann apontou a incongruência entre os resultados alcançados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a narrativa pessimista promovida pela mídia patronal, principal aliada do mercado financeiro.
Por Redação – de Brasília
A presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann (PR), criticou duramente a cobertura da mídia conservadora e suas previsões alarmistas para a economia do país. Apesar da divulgação de notícias falsas sobre o país e o governo petista, a Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República alimenta a máquina de ultradireita com milhões de reais, em publicidade.
Em um post na rede X (ex-Twitter), Hoffmann apontou a incongruência entre os resultados alcançados pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a narrativa pessimista promovida pela mídia patronal, principal aliada do mercado financeiro.
“Mercado piora previsão pra juros, inflação e crescimento. Essa é a chamada da mídia hoje. O que há com essa gente? Uma aposta contra o Brasil?!” questionou Gleisi Hoffmann. Ela destacou que os mesmos analistas que previram um crescimento pífio para 2023 erraram feio em suas previsões e, agora, mesmo com a inflação sob controle e caminhando para o centro da meta de 3%, continuam a advogar pela manutenção de juros altos.
Alarmista
Para a líder petista, há uma campanha deliberada para pintar um cenário negativo, que não condiz com a realidade econômica do país. Hoffmann argumenta que o Banco Central (BC), ao seguir previsões pessimistas, está enxergando “fantasmas ameaçadores” na queda do desemprego e na retomada de investimentos.
Segundo a presidente do PT, tais previsões alarmistas têm um poder real de influenciar a política monetária e cambial, que, apesar de terem sido derrotadas nas eleições presidenciais, ainda são controladas pelos mesmos grupos que pregam um catastrofismo econômico.
A crítica de Gleisi Hoffmann se estende à mídia, que ela acusa de conivência com os especuladores financeiros.
“E a mídia diz amém ao catastrofismo dos especuladores, como se não tivéssemos aprendido nada com o fracasso dos fiscalistas neoliberais no comando do país”, afirmou. Para a líder petista, o discurso negativista serve aos interesses de uma elite que se beneficia de juros altos e de uma economia estagnada, em detrimento da maioria da população brasileira.
Repulsa
Ainda nesta manhã, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) também criticou duramente o debate promovido pela mídia brasileira sobre as contas públicas e o déficit fiscal. Segundo o parlamentar, o tratamento dado ao tema é “digno de repulsa”, uma vez que os principais veículos de comunicação enfatizam a necessidade de reformas como a da previdência e a eliminação dos pisos constitucionais para saúde e educação, enquanto ignoram o impacto fiscal das altas taxas de juros estabelecidas pelo presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.
“Falam todo tempo em déficit fiscal, defendem nova reforma da previdência, acabar com pisos constitucionais da saúde e educação, mas não falam nada sobre o impacto fiscal da política de juros altos de Roberto Campos Neto,” afirmou o deputado. Para ele, a normalização dos altos pagamentos de juros da dívida pública é um dos maiores problemas econômicos do país. “Somente o pagamento dos juros da dívida pública abocanha mais de R$ 740 bilhões ao ano, 6,76% do PIB”, destacou Farias, em uma publicação nas redes sociais.
De acordo com gráficos apresentados pelo deputado, a política de juros elevados tem feito os gastos com os juros da dívida pública dispararem, o que, em sua opinião, deveria ser o foco principal dos debates sobre o equilíbrio das contas públicas.