"Nós, petistas, temos clareza de nossa responsabilidade com a cidade e com os cariocas. Consideramos que derrotar Crivella e Bolsonaro é a prioridade. Precisamos virar a página dessa administração desastrada e incompetente", diz a nota petista.
Por Redação - do Rio de Janeiro e São Paulo
O PT formalizou, em nota pública confirmada nesta quarta-feira, o apoio à candidatura do ex-prefeito Eduardo Paes (DEM) à Prefeitura do Rio de Janeiro. O partido – cuja candidata, a deputada federal Benedita da Silva, ficou em terceiro lugar no primeiro turno – divulgou documento em que orienta sua militância ao voto contra o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
"Nós, petistas, temos clareza de nossa responsabilidade com a cidade e com os cariocas. Consideramos que derrotar Crivella e Bolsonaro é a prioridade. Precisamos virar a página dessa administração desastrada e incompetente."
Segundo a nota, "Paes se coloca no campo do social-liberalismo e tem avaliação positiva como gestor público e de comportamento democrático". No entanto, se encontra em um campo político distante das bandeiras defendidas pelo PT.
Apoio esperado
Em São Paulo, avançam as alianças em torno da candidatura de Guilherme Boulos e Luiza Erundina (Psol). A chapa disputa a prefeitura de São Paulo contra o atual prefeito, o tucano Bruno Covas. Nesta quarta-feira, líderes do PDT, PSB e Solidariedade (SD) trataram juntos o provável apoio, que deverá incluir a Rede Sustentabilidade. O partido de Marina Silva reforçou, também hoje, a candidatura de Manuela D’Ávila (PCdoB), em Porto Alegre.
— Nós vamos fazer um evento amanhã de uma frente que está se construindo nesse segundo turno, uma frente em defesa da justiça social, pela democracia e contra a desigualdade na cidade de São Paulo. Tenho conversado com lideranças políticas, com movimentos sociais — disse Boulos, em compromisso de campanha no M’Boi Mirim, na periferia da Zona Sul da capital.
Correntes do PSB e do PDT já demonstraram apoio abertamente a Boulos. Entretanto, alguns líderes dos partidos ainda não decidiram sobre a formalização. Os dois partidos formaram uma aliança de alcance nacional nas eleições deste ano. Em São Paulo, a coligação foi representada pela candidatura de Márcio França, que ficou na terceira colocação no primeiro turno, com 13,64% dos votos válidos.