Segunda, 06 de Dezembro de 2021 às 13:08, por: CdB
As negociações regionais têm bloqueando a negociação nacional entre o PT e o PSB para uma chapa presidencial, ainda que cúpula do PT tenha feito concessões ao PSB em Estados estratégicos. Para o PSB, no entanto, ter a cabeça de chapa em outros dois Estados - São Paulo e Rio Grande do Sul - ainda é prioridade.
Por Redação - de São Paulo
O debate sobre uma federação partidária entre PT, PSB e PCdoB, que envolve os interesses das legendas em várias disputas estaduais, avança, mas ainda depende de acordos em alguns Estados tidos como cruciais na disputa política. O PSB pode vir a abrir mão de São Paulo, em favor de Fernando Haddad, caso este se confirme como o nome mais viável desta frente, disseram líderes dos dois partidos.
As negociações regionais têm bloqueando a negociação nacional entre o PT e o PSB para uma chapa presidencial, ainda que cúpula do PT tenha feito concessões ao PSB em Estados estratégicos como Pernambuco, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Para o PSB, no entanto, ter a cabeça de chapa em outros dois Estados - São Paulo e Rio Grande do Sul - ainda é prioridade, segundo análise de militantes das duas legendas.
Segundo o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira, no entanto, “o PT tem de escolher se quer fazer disputa estadual ou à Presidência da República com o nosso apoio (para eleger o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
— Podemos, inclusive, apoiá-los em outros Estados que não estes cinco. Mas nestes nós vamos disputar — afirmou, a jornalistas.
Cenário
Quanto a São Paulo, contudo, um integrante do PSB, que preferiu não se identificar, considera ser possível que o partido ceda.
— Não sei se São Paulo é imprescindível. Os dois Estados imprescindíveis são onde temos governo: Pernambuco e Espírito Santo. Nos outros, o PSB vai tentar o máximo que puder e avaliar a proposta do PT — diz o pessebista, para quem a legenda terá apoio em mais de dois Estados e menos de seis.
Caso se concretize uma frente ampla entre PT e PSB na disputa presidencial e o ex-governador Geraldo Alckmin desista de disputar o governo de São Paulo, o ex-prefeito Fernando Haddad, do PT, irá liderar a corrida para o Palácio dos Bandeirantes, segundo aponta pesquisa Ipespe, divulgada nesta sexta-feira pela mídia conservadora.
Neste cenário, Haddad tem 27%, contra 13% de Tarcísio Freitas, ministro de Jair Bolsonaro, 13% de Guilherme Boulos, do PSOL, e 6% de Rodrigo Garcia, do PSDB.