Nesta nova fase, a Corte ouvirá pessoas indicadas pela defesa do general da reserva Augusto Heleno, que foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Bolsonaro.
Por Redação – de Brasília
O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, nesta segunda-feira, a oitiva de testemunhas no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro (PL) após a derrota nas eleições de 2022, conforme denúncia da Procuraria-Geral da República (PGR).

Nesta nova fase, a Corte ouvirá pessoas indicadas pela defesa do general da reserva Augusto Heleno, que foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Bolsonaro. Ele é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos principais articuladores do plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na última sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, colheu os depoimentos das primeiras testemunhas ligadas à defesa de Heleno, entre elas o senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão. A partir desta segunda-feira, mais 10 pessoas devem ser ouvidas.
Assessores
Entre os nomes agendados para prestar depoimento estão o general Carlos José Russo Penteado; o brigadeiro Osmar Lootens Machado; o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga e o coronel Amilton Coutinho Ramos, ex-assessor especial do GSI. Também prestarão depoimento outros oficiais das Forças Armadas e ex-assessores do governo de Jair Bolsonaro (PL).
Segundo a PGR, o general Augusto Heleno faz parte de um “núcleo central” da organização criminosa ao lado de Jair Bolsonaro e do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto. Todos respondem pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. Há, ainda, outras 34 pessoas citadas na ação em curso.