Durante o depoimento, o senador negou que tenha presenciado ou tomado conhecimento sobre reuniões com teor golpista no final do governo anterior.
Por Redação – de Brasília
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse nesta sexta-feira, em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que nunca participou de reuniões com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para tratar da decretação de medidas de exceção, no país. Ex-vice-presidente, Mourão prestou depoimento como uma das testemunhas de defesa de Bolsonaro e dos generais Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, réus do Núcleo 1 da trama golpista.

Durante o depoimento, o senador negou que tenha presenciado ou tomado conhecimento sobre reuniões com teor golpista no final do governo anterior.
— Não participei de nenhuma reunião em que tivesse sido abordado esse tipo de assunto — afirmou, excluindo-se da trama golpista que resultou no quebra-quebra do 8 de Janeiro.
Encontros
Perguntado pela defesa do ex-presidente se alguma vez Bolsonaro mencionou a intenção de decretar algum tipo de medida de exceção no Brasil, Mourão afirmou que o assunto nunca foi citado durante os encontros que teve com o ex-presidente após a derrota nas eleições de 2022.
— Em todas essas oportunidades, em nenhum momento, ele mencionou qualquer medida que representasse uma ruptura. As conversas foram voltadas para a transição para que o novo governo assumisse no dia 1º de janeiro — disse ele.
Sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, Mourão declarou que estava em casa e tomou conhecimento das invasões por meio do noticiário na televisão.
— Estava dentro da piscina. Era nessa situação que eu estava — lembrou.
Após os depoimentos em curso, Bolsonaro e os demais réus serão convocados para interrogatório.