Perguntado se sua declaração era um recado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente do TSE disse que “não mando e não recebo recado de ninguém”. Fachin acentuou que a democracia é uma “condição eleita” pela Constituição.
Por Redação - de Brasília
Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Edson Fachin voltou a garantir a legitimidade e eficiência do sistema eleitoral brasileiro nesta quinta-feira, ao participar de uma rodada de testes de urnas eletrônicas no prédio do Tribunal. Ao lado dos ministros Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski, no encerramento das atividades do dia, concedeu uma entrevista coletiva.
— Nada e nem ninguém vai interferir na Justiça Eleitoral — disse Fachin aos jornalistas.
Ele ressaltou que o processo eleitoral brasileiro é totalmente seguro.
— No Brasil de hoje, quem põe em dúvida o processo eleitoral é porque não confia na democracia — afirmou.
Perguntado se era um recado ao presidente Jair Bolsonaro (PL), o presidente do TSE disse que “não mando e não recebo recado de ninguém”. Fachin acentuou que a democracia é uma “condição eleita” pela Constituição.
— Portanto, quem investe contra a o processo eleitoral descrito na Constituição investe contra ela e contra a democracia — frisou.
Democracia
Fachin certificou que o país terá “eleições limpas e seguras” em outubro e avalizou que a Justiça Eleitoral não admitirá obstáculos à “manifestação da vontade soberana do povo”. Ao relembrar o período da ditadura, acentuou que “uma geração deu a vida por 21 anos para que pudéssemos a partir de 1988 exercer o direito de escolha, cada um conforme sua visão”. E assegurou que quem vai ganhar as eleições de 2022 no Brasil “é a democracia”.
Dirigindo-se a setores dos militares, que assim como Bolsonaro vêm semeando dúvidas infundadas sobre o processo eleitoral, Fachin afirmou que quem trata das eleições são as “forças desarmadas”.
— A Justiça Eleitoral está aberta a ouvir, mas jamais estará aberta a se dobrar a quem quer que seja — sublinhou.
O ministro classificou como “proveitoso” o trabalho logístico historicamente desempenhado pelas Forças Armadas no processo eleitoral. Mas destacou que as eleições “dizem respeito à população civil, que de maneira livre e consciente escolhe seus representantes”, resumiu.