Janja teria citado efeitos nocivos do TikTok, plataforma chinesa, em conversa com Xi, o que teria causado desconforto entre os presentes. A informação veio a público e gerou irritação em Lula, que repreendeu sua comitiva pelo vazamento.
Por Redação – de Brasília
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu em defesa, nesta terça-feira, do ministro da Casa Civil, Rui Costa, em meio a rumores de que o ex-governador baiano teria vazado informações de um jantar entre os ministros, Lula e a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, com o presidente da China, Xi Jinping.

Janja teria citado efeitos nocivos do TikTok, plataforma chinesa, em conversa com Xi, o que teria causado desconforto entre os presentes. A informação veio a público e gerou irritação em Lula, que repreendeu sua comitiva pelo vazamento e afirmou, no dia seguinte, que a fala acerca da rede social foi feita por ele, e que Janja teria apenas complementado.
— O Rui é tratado como se fosse um cara que não deixa as coisas acontecerem. Quando na verdade todos vocês, prefeitos, devem ter um secretário que tem o mesmo papel que o chefe da Casa Civil. Quero aproveitar na frente dos prefeitos, agradecer o papel importante e levante do Rui Costa, o governador mais bem sucedido da Bahia joga no meu governo — afirmou Lula.
Vazamento
O ministro-chefe da Casa Civil também já afirmara ter sido vítima de “fogo amigo”, ao ser apontado de ser o responsável pelo vazamento. Como a coluna da jornalista Mônica Bergamo informou, no diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, Lula fez questão de deixar claro aos ministros que viajaram que estava contrariado e inconformado com o vazamento da conversa.
Lula também abordou, em seu discurso, a responsabilidade dos gestores municipais, em meio a demandas dos municípios por uma flexibilização do envio de emendas parlamentares, verba limitada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
— É preciso que a gente aprenda de uma vez por todas que os problemas que nós temos têm que ser resolvidos numa mesa de negociação e não no Judiciário. As coisas só têm que ir pro Judiciário quando nossa capacidade política for exaurida — aconselhou.