Entre os presos pela operação, que contou com o trabalho de 450 policiais, está um foragido da Justiça de Mato Grosso e de Tocantins, além de lideranças regionais das facções com diversas condenações pelos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa.
Por Redação, com CartaCapital – de Brasília
Uma força-tarefa que envolve as polícias Federal, Civil, Militar e Penal de Minas Gerais deflagrou, nesta quinta-feira, duas grandes ações contra o tráfico de drogas e o crime organizado no Estado.
Nas operações Peloponeso I e II, os agentes cumpriram 105 mandados de prisão preventiva e 96 mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Juiz de Fora, Além Paraíba, Volta Grande e Contagem, e nos municípios Itaperuna, Carmo e Sapucaia, no Rio de Janeiro.
As diligências miram pessoas ligadas a facções criminosas como Comando Vermelho e Terceiro Comando Puro. Um dos alvos é o líder em Minas Gerais de uma facção criminosa do Rio de Janeiro.
A Justiça determinou o sequestro de dois imóveis no Rio, avaliados em 1,5 milhão de reais, e de um veículo blindado. Também ordenou o bloqueio judicial de recursos de 23 investigados.
Entre os presos pela operação, que contou com o trabalho de 450 policiais, está um foragido da Justiça de Mato Grosso e de Tocantins, além de lideranças regionais das facções com diversas condenações pelos crimes de tráfico de drogas e organização criminosa.
Associação criminosa em São Paulo
A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira, a operação Pallium, referente às práticas de crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Os investigados organizaram uma rede de laranjas e empresas de fachada, com a finalidade de estabelecer uma estrutura financeira destinada a movimentar recursos de origem ilícita obtidos com a prática de crimes de contrabando, descaminho, tráfico de drogas, dentre outros.
Basicamente, os recursos eram depositados e remetidos através de operações entre contas pessoas físicas e jurídicas, até chegar o momento de aplicar alguma estratégia para seu envio ao exterior.
As estratégias adotadas seriam o dólar-cabo e suas variações, nas quais os reais transitados pelo sistema financeiro por meio de laranjas e empresas de fachada eram utilizados para a compensação de recursos movimentados no interesse do operador e seus clientes donos dos recursos ilícitos.
O cerne da investigação consistiu em identificar as empresas de fachada e laranjas utilizados no esquema e a forma como tudo ocorria para, ao final, requerer as medidas de busca deferidas, com o objetivo de coletar elementos de prova convergentes aos fatos investigados e indicados nas fichas de alvo.
Ao todo, foram cumpridos 20 mandados de busca em 10 cidades, localizadas nos estados de SP, MG, PE e PB e empregado o efetivo de 85 policiais federais.
Os criminosos responderão pelos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, lavagem ou ocultação de bens, cujas penas podem variar de sete a 24 anos de prisão.