Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

PM afasta policiais envolvidos na morte de mototaxista

A Polícia Militar do Rio de Janeiro afastou policiais envolvidos na morte de Andrew Andrade, um mototaxista de 29 anos, baleado durante uma abordagem. Entenda o caso e as reações da família.

Segunda, 10 de Novembro de 2025 às 14:10, por: CdB

Andrew Andrade, de 29 anos, foi baleado perto do Complexo do Chapadão e não resistiu.

Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro

A Polícia Militar afastou os policiais envolvidos na morte de Andrew Andrade, de 29 anos, baleado na última sexta-feira perto do Complexo do Chapadão. Segundo a corporação, ele teria ignorado uma ordem de parada durante um cerco, momento em que os disparos foram feitos.

PM afasta policiais envolvidos na morte de mototaxista | Andrew foi morto após não obedecer a uma ordem de parada, diz polícia
Andrew foi morto após não obedecer a uma ordem de parada, diz polícia

Andrew trabalhava como mototaxista e não tinha antecedentes criminais. Ele foi sepultado na tarde de domingo, no Cemitério de Ricardo de Albuquerque.

– Eu tô sem chão. Hoje é dia de enterrar meu marido. Meu filho não tinha que passar por isso. Eles não tinham esse direito de tirar a vida dele assim. Eles acabaram com a minha família. Eu quero justiça. Eu vou até o fim – disse a mulher dele, Dayene Nicacio, horas antes da cerimônia.

Ele deixa dois filhos, um de 6 anos e outro recém-nascido, de apenas 26 dias.

Relembre o caso

Na madrugada de sexta-feira, Andrew dirigia um carro na Avenida Chrisóstomo Pimentel de Oliveira quando, segundo informações preliminares, tentou arrancar com o veículo.

Nesse momento, um dos agentes disparou um tiro de fuzil que atingiu o mototaxista. Os próprios policiais levaram o jovem para o Hospital Getúlio Vargas, mas ele não resistiu.

A Polícia Militar afirma que Andrew passou por um cerco montado após três motocicletas atirarem contra viaturas. Ele não teria obedecido à ordem de parada, diz a corporação, e avançou pelo bloqueio, o que levou ao disparo.

O comando da unidade abriu um procedimento para apurar as circunstâncias da ação.

Família contesta

Já familiares e amigos contestam essa versão e afirmam que a abordagem ocorreu de forma precipitada e que o tiro poderia ter sido evitado.

Dayene também relatou que o policial responsável pelo disparo pediu desculpas após descobrir que o mototaxista não tinha antecedentes e não carregava arma. “Desculpa não traz meu marido, o pai dos meus filhos, de volta”, disse.

A Delegacia de Homicídios da Capital continua investigando o caso e apura a conduta dos envolvidos.

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