Polícia Militar fez uma operação no local para coibir roubos de veículos. Até o momento, não há registro de presos e apreensões.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
A Polícia Militar faz uma operação, nesta segunda-feira, no Complexo da Pedreira, em Costa Barros, Zona Norte do Rio. Escolas e unidades de saúde precisaram ser fechadas devido ao intenso tiroteio na região.

A ação é conduzida por agentes do 41º BPM (Irajá), e tem como objetivo coibir roubos de veículos na comunidade.
Até o momento, não há registro de presos e apreensões.
Impactos
Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 16 escolas precisaram suspender as atividades por conta dos disparos.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que três unidades de Atenção Primária também interromperam totalmente o atendimento para garantir a segurança de profissionais e moradores.
Guerra na região
O Complexo da Pedreira, que fica entre os bairros de Costa Barros e Pavuna, vive uma rotina de violência, provocada pelas disputas territoriais contra traficantes rivais do Complexo do Chapadão e do Morro do Juramento.
Por esse motivo, a região, dominada pelo Terceiro Comando Puro (TCP), é alvo de frequentes operações policiais.
Em setembro, um menino de 8 anos perdeu uma das mãos ao segurar um artefato explosivo. O dispositivo estava na rua e teria sido confundido por um brinquedo pela vítima.
Zona Sudoeste
A Polícia Militar realiza, na manhã desta segunda-feira, uma operação nas comunidades César Maia, Coroado, Fontela, Muzema, Morro do Banco, Beco do 48 e Tijuquinha, na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro.
A ação ocorre após relatos de tiroteios na região na noite de domingo. De acordo com a corporação, agentes do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes) atuam para coibir roubos, prender suspeitos do crime e desobstruir vias afetadas pelos confrontos.
Até o momento, um homem foi preso em flagrante e drogas foram apreendidas durante a operação.
Área é alvo de disputa entre facções
A Zona Sudoeste do Rio tem se consolidado como uma das áreas mais estratégicas e disputadas do estado. A região reúne três fatores que explicam a escalada da violência: a presença simultânea das principais facções criminosas — Comando Vermelho (CV), milícia e Terceiro Comando Puro (TCP); a localização estratégica entre o Recreio dos Bandeirantes e o Maciço da Tijuca, que funciona como um corredor de fuga e conexão logística; e a concentração de áreas em expansão urbana e econômica, com alta densidade populacional.
Nos últimos dois anos, o CV avançou sobre ao menos dez comunidades da região, em uma ofensiva para formar um “cinturão” de domínio entre o Recreio e o Maciço da Tijuca. O objetivo seria controlar um eixo territorial que oferece rotas de fuga pela Floresta da Tijuca e acesso a zonas de crescimento imobiliário e comercial.
Enquanto isso, milicianos e membros do Terceiro Comando Puro reforçam suas posições, tornando a área uma das mais conflagradas do estado. Entre as comunidades em disputa estão Muzema, Morro do Banco, Sítio do Pai João, Tijuquinha, Gardênia Azul e Rio das Pedras — esta última considerada o berço histórico da milícia carioca.