A proposta de recontagem dos votos já havia sido discutida por Bolsonaro e a cúpula do partido, mas alguns líderes e até mesmo integrantes da campanha presidencial a consideram importuna, mas sem ter sido inteiramente descartada.
Por Redação - de Brasília
Integrantes da Comissão Executiva Nacional do Partido Liberal (PL), que abriga a candidatura do presidente Jair Bolsonaro, têm resistido à tentativa de contratar uma empresa para auditar as urnas eletrônicas nas eleições de outubro, conforme propôs o mandatário em sua última transmissão semanal, ao vivo, pela internet.
Metodologia das urnas eletrônicas será acompanhada por observadores da OEA
A proposta já havia sido discutida por Bolsonaro e a cúpula do partido, mas alguns líderes e até mesmo integrantes da campanha presidencial a consideram importuna, mas sem ter sido inteiramente descartada.
— Se Bolsonaro fizer questão, vamos contratar. Mas o PL é um partido da política. Não queremos de jeito nenhum essa briga com o TSE — afirmou um integrante da direção, em condição de anonimato, à colunista Malu Gaspar, do diário conservador carioca O Globo.
Corregedores
Um interlocutor do chefe de governo também avalia que a ofensiva deve servir de “justificativa para depois não cumprir o resultado”, caso Bolsonaro seja derrotado.
Ministro do Supremo e vice-presidente do TSE, Alexandre Cardoso afirmou à mídia, logo após a divulgação do plano de Bolsonaro, que a Justiça Eleitoral está preparada para enfrentar ataques à urna eletrônica e à Corte Suprema.
— Não vamos nos intimidar, vamos trabalhar com independência, autonomia e rigor — afirmou Moraes, durante encontro do Colégio de Corregedores Eleitorais, no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.
Ainda durante o encontro de corregedores eleitorais paulistas, Alexandre citou durante seu discurso decisões judiciais sobre ‘abusos’ cometidos nas grandes plataformas de mídias sociais. As informações foram divulgadas pelo TRE-SP. Moraes é relator de inquéritos como o das milícias digitais e o das fake news.