Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

PF passa tratar o ex-presidente como possível líder de organização criminosa

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Quinta, 17 de Agosto de 2023 às 18:06, por: CdB

Os investigadores encontram subsídios suficientes para desvendar um esquema de vendas de conjuntos de bens que foram recebidos por Bolsonaro durante seu mandato como chefe de Estado. Segundo o relatório, os proventos dessas vendas eram transformados em dinheiro vivo e integrados ao patrimônio pessoal de Bolsonaro, através de terceiros, com o intuito de ocultar sua origem e propriedade. Essa operação é característica de práticas de lavagem de dinheiro.


Por  Redação - de Brasília

A Polícia Federal (PF) passou a classificar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como possível líder de uma organização criminosa, segundo um relatório da autoridade policial que apura as evidências que indicam o envolvimento do suspeito no desvio de patrimônio público da União com fins de enriquecimento pessoal.

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O ministro Alexandre de Moraes tem acompanhado as investigações contra o ex-presidente Bolsonaro


Os investigadores encontram subsídios suficientes para desvendar um esquema de vendas de conjuntos de bens que foram recebidos por Bolsonaro durante seu mandato como chefe de Estado. Segundo o relatório, os proventos dessas vendas eram transformados em dinheiro vivo e integrados ao patrimônio pessoal de Bolsonaro, através de terceiros, com o intuito de ocultar sua origem e propriedade. Essa operação é característica de práticas de lavagem de dinheiro.

Sob ordens


Um dos itens mais relevantes para os investigadores é um relógio da marca Rolex, inicialmente identificado como alvo de venda por meio de e-mails enviados pelo tenente-coronel do Exército Mauro Cid, que exercia a ajudância de ordens da Presidência da República, sob ordens diretas do mandatário neofascista.

O inquérito tomou um novo rumo com a decisão do ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou buscas e apreensões em uma operação da PF realizada em várias cidades. Segundo a autorização, Bolsonaro e sua equipe teriam usado o avião presidencial para transportar os bens de alto valor furtado dos cofres públicos, para os Estados Unidos.

No exterior, os bens teriam sido canalizados para lojas especializadas em venda e leilão de itens valiosos, localizadas em cidades como Miami, Nova Iorque e Willow Grove.

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