Rio de Janeiro, 25 de Março de 2025

PF investiga suspeita de fraude de funcionário da Caixa

A ação decorre de investigações iniciadas a partir de uma notícia-crime encaminhada pela própria instituição bancária, que identificou movimentações irregulares vinculadas a benefícios sociais e ao uso indevido de credenciais internas.

Sexta, 07 de Fevereiro de 2025 às 14:47, por: CdB

A ação decorre de investigações iniciadas a partir de uma notícia-crime encaminhada pela própria instituição bancária, que identificou movimentações irregulares vinculadas a benefícios sociais e ao uso indevido de credenciais internas.

Por Redação, com ACS – de Brasília

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira, a Operação Chave Mestra, com o objetivo de apurar fraudes financeiras e previdenciárias em contas bancárias na Caixa Econômica Federal.

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Alvo teria usado função para desviar dinheiro de benefícios do Governo Federal

Foi cumprido mandado de busca e apreensão contra um funcionário da Caixa, no município de Abaetetuba/PA, suspeito de realizar alterações indevidas em senhas bancárias, vinculação irregular de cartões magnéticos e facilitação de saques fraudulentos. O investigado foi afastado de sua função pública como medida cautelar para garantir a lisura das investigações. Um celular foi apreendido.

A ação decorre de investigações iniciadas a partir de uma notícia-crime encaminhada pela própria instituição bancária, que identificou movimentações irregulares vinculadas a benefícios sociais e ao uso indevido de credenciais internas.

A Polícia Federal identificou indícios de desvio de valores, incluindo do seguro-defeso, benefício previdenciário destinado a trabalhadores da pesca artesanal.

Os fatos investigados podem configurar crimes como estelionato previdenciário, inserção de dados falsos em sistema informatizado da administração pública, associação criminosa e corrupção passiva.

A Polícia Federal segue com as investigações para identificar eventuais outros envolvidos e dimensionar o impacto das fraudes no sistema financeiro e previdenciário.

Operação inutiliza garimpo que soterrou trabalhadores

Operação conjunta da Polícia Federal com ICMBio, Ibama e Força Nacional desativou garimpo ilegal de cobre no município de Canaã dos Carajás, sudeste paraense, na manhã desta sexta-feira. No mês passado, três garimpeiros ficaram presos em um poço aberto ilegalmente na mesma região.

Até o momento foram inutilizados ou apreendidos 10 motores estacionários, 15 acampamentos, duas canoas, um motor rabeta, duas armas artesanais e duas pás carregadeiras.

Os poços chegam a alcançar 50 metros de profundidade e 100 metros de comprimento total, trazendo risco à vida dos trabalhadores e, em muitos casos, trabalho análogo à escravidão.

Segundo o ICMbio, os poços de extração de cobre dão prejuízo estimado superior a R$ 362 milhões pela usurpação de bem mineral da união, nos últimos cinco anos de funcionamento do garimpo, além e R$ 6,2 milhões de danos ambientais.

A ação é cumprimento de mandado de busca e apreensão, que autorizou destruição de máquinas e alojamentos usados no garimpo ilegal, dentro da Floresta Nacional de Itacaiúnas. Também foram expedidos dois mandados de prisão contra pessoas suspeitas de financiar a extração ilegal de cobre. Além disso, foi realizada penhora solidária de R$ 6 milhões de três investigados, para reparar danos ambientais e econômicos.

No local do garimpo ilegal existem diversas perfurações para a extração de cobre, com donos diferentes. A Polícia Federal trabalha na identificação de cada um deles. A região já foi alvo de diversas operações, porém a exploração ilegal retorna ao local, muitas vezes com estrutura ainda maior.

A manutenção dessa atividade costuma ocorrer com apoio de financiadores de fora do estado, com investimento em construção de aporte de energia elétrica e transformadores de grande capacidade, casas de apoio com estrutura para alimentação e sono, afetando a biodiversidade local.

Na quinta-feira, a PF deu apoio na desativação de áreas de garimpo ilegal, desta vez para extração de ouro, em Parauapebas. A atividade irregular é recorrente na região e polui rios essenciais para o abastecimento da cidade.

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