Segundo as investigações, o grupo atua ilegalmente na área desde 2007, utilizando documentos falsificados e contando com o apoio de servidores públicos corruptos e de milícias privadas para intimidar e expulsar moradores locais.
Por Redação, com ACS – de Brasília
A Polícia Federal realizou, nesta sexta-feira, uma operação para desmantelar uma organização criminosa especializada em grilagem de terras públicas na região da Fazenda Palotina, em Lábrea/AM.
Segundo as investigações, o grupo atua ilegalmente na área desde 2007, utilizando documentos falsificados e contando com o apoio de servidores públicos corruptos e de milícias privadas para intimidar e expulsar moradores locais, incluindo comunidades extrativistas de castanha.
O local, que pertencente à União, tem sido cenário de desmatamento ilegal, conflitos armados e ameaças frequentes à segurança dos moradores locais. De acordo com a Polícia Federal, o grupo criminoso se utiliza de um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina a agentes públicos para legitimar a posse das terras e garantir proteção armada para suas operações.
Com base nas provas coletadas ao longo das investigações, a Polícia Federal solicitou mandados de busca e apreensão, além de outras medidas cautelares e assecuratórias, para interromper as atividades da associação criminosa.
A ação busca cessar o esquema de grilagem que já gerou um prejuízo estimado em mais de R$ 68 milhões ao patrimônio público e trouxe graves consequências para os direitos humanos e para o meio ambiente na região.
A operação é parte de um esforço contínuo para combater a grilagem de terras públicas, protegendo o patrimônio da União e as comunidades que vivem nessas áreas, além de preservar a integridade ambiental da Amazônia.
Financiamento ilegal de campanhas
A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira, a Operação Peixe, que objetiva dar cumprimento para 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 93ª Zona Eleitoral em Fortaleza/CE, no interesse de inquérito policial que apura financiamento ilegal (“caixa dois”) de campanhas dos anos de 2022 e 2024.
A organização criminosa investigada é formada por empresários, funcionários públicos municipais e políticos com atuação em Caucaia/CE, suas ações teriam beneficiado candidaturas aos cargos de Deputado Federal em 2022 e Vereadores no Município de Caucaia/CE, nestas eleições municipais de 2024.
Para instrumentalizar o esquema, foram utilizadas contas de empresas contratadas pela municipalidade, empresa de fachada e de “laranjas”, sendo as quantias levantadas em espécie nas vésperas das eleições, supostamente para compra de apoio político e aplicação em gastos não contabilizados oficialmente. Os fatos, uma vez confirmados, podem configurar os crimes de lavagem de dinheiro e crimes previstos no Código Eleitoral.