Rio de Janeiro, 05 de Novembro de 2024

Operação prende financiadores do garimpo na Terra Indígena Yanomami

Arquivado em:
Quinta, 31 de Outubro de 2024 às 14:37, por: CdB

Durante a ação, foram encontrados um carregamento de suprimentos e equipamentos destinados ao garimpo que resultou na prisão em flagrante da responsável pelo imóvel.

Por Redação, com ACS – de Brasília

A Polícia Federal deflagrou na quarta-feira, uma operação que resultou na prisão de duas pessoas envolvidas no comando de uma organização criminosa dedicada ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, às margens do Rio Uraricoera. Além dos mandados de prisão, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis situados nos municípios de Boa Vista e em Alto Alegre/RR, bem como o sequestro de bens móveis, imóveis e valores.

policiafederal-1.jpeg
Nesta fase, a investigação criminal mira o financiamento das organizações criminosas do garimpo ilegal

Durante a ação, foram encontrados um carregamento de suprimentos e equipamentos destinados ao garimpo que resultou na prisão em flagrante da responsável pelo imóvel.

As investigações revelaram o possível uso de mercenários armados na defesa dos garimpos ilegais, revelando a estrutura e periculosidade da referida organização criminosa. Além disso, estima-se que a atuação do grupo tenha causado impactos socioambientais avaliados em mais de R$ 295 milhões além da extração ilegal de aproximadamente 229 kg de ouro, avaliados em R$ 68.926.710 (valores atuais).

Os investigados responderão pelos possíveis crimes de usurpação de bens da União, extração ilegal de recursos minerais, organização criminosa, lavagem de dinheiro, porte e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e crimes contra a fauna.

Dados falsos no Sistema de Filiação Partidária do TSE

A Polícia Federal deflagrou na quarta-feira a Operação Infiliatio, com o objetivo de apurar inserção de dados falsos no Sistema de Filiação Partidária (FILIA) do Tribunal Superior Eleitoral, que acarretou a filiação indevida do atual Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no Partido Liberal, em julho de 2023. Está sendo cumprido um mandado de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul.

As investigações iniciaram a partir de notícia-crime oriunda do Tribunal Superior Eleitoral após identificar que o nome do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, havia sido filiado ao Partido Liberal.

Foi apurado que, na verdade, não houve propriamente invasão ao Sistema de Filiação Partidária (FILIA) do Tribunal Superior Eleitoral, mas sim a realização fraudulenta de pedido de filiação partidária em nome do Presidente da República, contendo dados falsos, o qual foi recebido pelo Tribunal após a etapa de moderação realizada por funcionário do Partido Liberal, cuja atuação também é investigada.

Verificou-se que o uso dos dados falsos em nome do presidente teve início já no momento inicial do procedimento de filiação, quando o cidadão interessado em se filiar acessou o formulário digital em aba específica no sítio oficial do partido político, preenchendo diversas informações pessoais, entre elas dados pessoais, políticos, selfie, upload de documentos, endereço e dados de contato como telefone e e-mail, além de confirmação dos dados e aceitação dos termos de uso, com a finalidade de iniciar o processo.

O procedimento de filiação partidária é regulamentado pela Resolução nº 23.596, de 20 de agosto de 2019, do TSE, que disciplina a forma de encaminhamento de dados de filiados pelos partidos políticos à Justiça Eleitoral.

Os investigados podem responder pelo crime de invasão de dispositivo informático, falsidade ideológica e falsa identidade. A investigação terá continuidade para identificar eventuais outras fraudes que foram cometidas e a motivação dos criminosos.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo