No domingo, Paulinho da Força já havia afirmado que as manifestações “viraram mais do mesmo” e não alterariam sua proposta.
Por Redação – de Brasília
Relator do projeto que concede anistia aos condenados por atos golpistas desde 2022, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP), conversou com líderes partidários nesta terça-feira, em reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para conferir se os atos do domingo levaram ao impasse a sua proposta pela redução de penas aos líderes golpistas.

— Vamos ouvir se deu algum impasse, alguma dificuldade. Eu não vi grande repercussão dos atos contra a dosimetria, eu vi contra a anistia. Como eu não estou discutindo a anistia, estou discutindo a pena, o tamanho da pena… Contra a anistia, até eu estou — disse o deputado à mídia conservadora.
Sentimento
No domingo, Paulinho da Força já havia afirmado que as manifestações “viraram mais do mesmo” e não alterariam sua proposta. O relator confirmou, ainda, que daria início às conversas com as bancadas nesta terça-feira. A partir desse diálogo, o deputado disse que terá ideia de quando poderá avançar com o texto, mas o sentimento atual é de que isso não deve ocorrer nesta semana.
— O que decide se você vota ou não é a vontade da maioria. Se só o PT ficar contra, provavelmente nós vamos votar. Se essa opinião for da maioria, aí não vai. Eu senti um pouco alguns líderes e acho que a maioria prefere deixar para a semana que vem — calcula.
Nesta manhã, o parlamentar reuniu-se com as centrais sindicais. À tarde, ouviu a primeira bancada partidária, que foi o Partido Liberal (PL), principal defensor da anistia. Estavam agendadas para esta tarde, reuniões com o PDT, o Republicanos, e o MDB.