Os partidos federados adiantam que manterão o diálogo com o PSB em busca de sua participação, “bem como o envolvimento de outras legendas do nosso campo”, disseram na nota divulgada nesta manhã. O PSB quer manter a candidatura do ex-governador Márcio França ao governo de São Paulo e apoiar a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto.
Por Redação - de São Paulo
Em nota divulgada nesta quinta-feira, pelas redes sociais – assinada por Partido dos Trabalhadores, Partido Socialista Brasileiro, Partido Comunista do Brasil e Partido Verde –, as legendas afirmam que PT, PCdoB e PV decidiram “caminhar para constituir a federação”. A decisão, no entanto, não é unânime.
Os partidos federados adiantam que manterão o diálogo com o PSB em busca de sua participação, “bem como o envolvimento de outras legendas do nosso campo”, disseram na nota divulgada nesta manhã. O PSB quer manter a candidatura do ex-governador Márcio França ao governo de São Paulo e apoiar a campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Planalto.
Na nota, os quatro partidos apoiam a unidade na construção de uma frente para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PL). “E reconstruir o Brasil, unidos na candidatura de Lula”, diz o documento.
Participação
“Estamos convictos de que esta decisão é um marco histórico decisivo para trilharmos a vitória eleitoral. PT, PSB, PCdoB e PV reafirmam unidade em torno da candidatura Lula e derrota de Bolsonaro. PT, PCdoB e PV afirmam o propósito de construir a federação e continuam dialogando com o PSB em busca da sua participação”, postou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Mais cedo, o ex-governador Márcio França, no Twitter, indicou que deve ser candidato ao governo de São Paulo. “Confirmado! Em reunião com o Grupo Globo, confirmei, por meio de minha assessoria, a participação nos debates das eleições 2022. Pra trás, nem pra pegar impulso”, postou o socialista.
Participaram da reunião de hoje Gleisi Hoffmann (PT), Carlos Siqueira (PSB), José Luiz Penna (PV) e Luciana Santos (PCdoB), presidentes dos partidos, além dos deputados Paulo Teixeira (PT), José Guimarães (PT) e Renildo Calheiros (PCdoB).
Em São Paulo
Os líderes de ambas as legendas têm indicado que tanto o PT, com Fernando Haddad, quanto o PSB, com o próprio França, vão disputar o Palácio dos Bandeirantes este ano, com o acordo de se unirem no segundo turno, caso ambos não passem para a etapa final das eleições.
Negociadores dos dois lados tentaram evitar esse cenário em São Paulo, sob alegação de que a disputa poderia provocar “cicatrizes” e, consequentemente, prejuízos à eleição presidencial, mas França e Haddad mantiveram suas posições. Um deles é o ex-deputado estadual e ex-presidente do PSDB paulista Pedro Tobias, aliado histórico do ex-governador Geraldo Alckmin.
— Precisamos unir o país. Vão brigar, agora, Haddad e Márcio França? Não dá — disse Tobias à agência brasileira de notícias Rede Brasil Atual (RBA).
Apesar das posições divergentes, PSB e PT asseguraram aos demais integrantes da federação que estarão unidos em torno da candidatura de Lula. A expectativa é de que Alckmin confirme a filiação ao Partido Socialista para ser vice na chapa do ex-presidente petista. Após a reunião, o presidente do PSB justificou a posição da legenda.
— Não há decisão de ingressarmos agora na federação porque esse assunto não está maduro para o PSB — concluiu.