A corporação disse que os agentes buscavam reprimir roubos de veículos e coibir as tentativas de expansão do domínio territorial do Comando Vermelho.
Por Redação, com CartaCapital – do Rio de Janeiro
Uma operação da Polícia Militar deixou seis mortos, na manhã desta quarta-feira, na Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio.
Os feridos chegaram a ser encaminhados dentro de um blindado da PM até o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, mas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, todos chegaram mortos.
A PM não informou em quais circunstâncias as pessoas foram baleadas, mas informou que o comando do 18° BPM (Jacarepaguá) vai instaurar um procedimento para apurar as circunstâncias da ação. Ainda de acordo com a corporação, as câmeras corporais utilizadas pela guarnição estão à disposição do procedimento investigativo.
Duas vítimas foram identificadas até o momento: Clayton Lemos, de 36 anos, e Yuri da Silva Galvão, de 27. Ambos tinham passagens por tráfico de drogas, roubo e porte ilegal de arma de fogo.
A Polícia Militar disse que os agentes buscavam reprimir roubos de veículos e coibir as tentativas de expansão do domínio territorial do Comando Vermelho (CV). Acrescentou ainda que, em represália, traficantes que dominam a favela atearam fogo a barricadas e atiraram contra os PMs. Foram apreendidos dois fuzis calibre 5.56, 4 pistolas, 3 rádios de comunicação e material entorpecente.
Complexo da Maré
Além dessa operação, a Polícia Civil do Rio de Janeiro também deflagrou, nesta quarta-feira, uma operação contra a Associação de Moradores do Parque União, no Complexo da Maré.
A ação faz parte de uma investigação contra suposta lavagem de dinheiro do Comando Vermelho, a maior facção de tráfico de drogas do estado.
Ao todo, agentes cumprem 16 mandados de prisão e oito de busca e pressão. Há relato de tiroteio na região.
Entre os alvos procurados pela polícia está Jorge Luís Moura Barbosa, o Alvarenga, chefe do CV na comunidade e integrante da alta cúpula da facção.
Ele já é uma figura conhecida das autoridades, com 86 anotações criminais e relacionado em ao menos 175 inquéritos policiais, entre eles, tráfico, homicídios e corrupção de menores.
Segundo às investigações, a Associação de Moradores e seus dirigentes serviriam como laranjas em diversos estabelecimentos no bairro. A ação seria usada para a lavagem de dinheiro do comércio de drogas.