Entre os possíveis candidatos de oposição a Arthur Lira (PP-AL), na Câmara, está a deputada eleita Marina Silva (Rede-SP), que contaria com o apoio de setores à esquerda e ao centro, no matiz ideológico que integra a Casa. Lira, no entanto, teria o apoio das legendas de direita e negocia o apoio do PT, para se manter no cargo.
Por Redação - de Brasília
A derrota política imposta ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), pelo Supremo Tribunal Federal (STF) estimulou aliados do presidente eleito e diplomado Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que passam a integrar a nova legislatura, a articular um candidato capaz de derrotá-lo na campanha pela reeleição, marcada para fevereiro do ano que vem.
Segundo apurou a jornalista Mônica Bergamo, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP), em sua coluna, “a oposição a Lira foi esvaziada logo depois da eleição de Lula, já que o PT decidiu apoiar a reeleição dele para o comando da Câmara dos Deputados em troca da aprovação da PEC da Transição. Ela liberará uma série de gastos acima do teto, permitindo que o presidente eleito cumpra parte de suas promessas eleitorais.
Gilmar Mendes
“A decisão do STF de permitir que o Bolsa Família seja excluído do teto, seguida da que afirmou que o ‘Orçamento secreto’ é inconstitucional, no entanto, esvaziou o poder de Lira. E agora seus opositores decidiram partir para o contra-ataque, mesmo sem o aval de Lula. Entre os nomes ventilados para a disputa estão os de Marina Silva (Rede) e Guilherme Boulos (PSOL), por exemplo, e também o de Luciano Bivar, que preside o União Brasil”, acrescenta a colunista.
Ainda segundo Bergamo, “já no domingo, depois da decisão do ministro (do STF) Gilmar Mendes sobre o Bolsa Família, Lira demonstrava tensão, telefonando para parlamentares do PT para tentar entender o que aconteceu. Mendes decidiu sobre ação apresentada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP)”.