Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Nicolás Maduro denuncia novo atentado com drones contra ele

Presidente da Venezuela Nicolás Maduro afirmou que, nos últimos dois desfiles militares, sectores extremistas tinham planos de matá-lo, e garantiu que em 24 de junho as forças de segurança conseguiram neutralizar um novo atentado contra ele.

Terça, 13 de Julho de 2021 às 06:56, por: CdB

Presidente da Venezuela Nicolás Maduro afirmou que, nos últimos dois desfiles militares, sectores extremistas tinham planos de matá-lo, e garantiu que em 24 de junho as forças de segurança conseguiram neutralizar um novo atentado contra ele.

Por Redação, com Sputnik - de Caracas

Presidente da Venezuela Nicolás Maduro afirmou que, nos últimos dois desfiles militares, sectores extremistas tinham planos de matá-lo, e garantiu que em 24 de junho as forças de segurança conseguiram neutralizar um novo atentado contra ele.
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Presidente da Venezuela denuncia novo atentado com drones contra ele
– Tinham preparado um atentado contra mim em 24 de junho na comemoração do Bicentenário (da Batalha) de Carabobo este ano, outro ataque com drones, nós o derrubamos, o neutralizamos, é a primeira vez que o digo porque a investigação ainda continua até chegarmos a quem dirigiu tudo – afirmou Maduro, de acordo com canal estatal Venezolana de Televisión. Durante um evento realizado na sede do Governo no âmbito de uma reunião da Assembleia Nacional da Venezuela, o presidente do país disse que outro atentado estava planejado para o dia 5 de julho. – Eles tinham preparado um atentado desesperado contra mim em 5 de julho, em plena passagem do desfile cívico-militar – acrescentou.

Grupos armados

Na semana passada, a vice-presidente da Venezuela, Delcy Rodríguez, declarou que, durante uma operação de segurança contra grupos armados no oeste de Caracas, foram detidos três paramilitares e apreendidas armas dos EUA e da Colômbia como parte de um plano para desestabilizar o país. No início de julho, Maduro denunciou que o chefe do Comando Sul dos EUA e o diretor da CIA estariam forjando um plano contra a Venezuela com o beneplácito dos governos do Brasil e da Colômbia.

Juan Guaidó

O incidente ocorre dias depois de o governo do presidente Nicolás Maduro acusar líder da oposição venezuelana de ter ligações com uma das maiores gangues criminosas do país, desmantelada na semana passada.
O líder da oposição venezuelana Juan Guaidó denunciou na segunda-feira que supostos membros das forças de segurança do país interceptaram seu veículo e ameaçaram prendê-lo. Isso já vivenciamos muitas vezes: a ameaça, a perseguição, a prisão e até o assassinato de companheiros de luta. Eles não nos intimidaram de forma alguma e não o farão. Permanecemos firmes no que buscamos: salvar a Venezuela. – A intimidação nunca nos impediu – afirmou Guaidó a repórteres em declarações feitas no porão de sua residência em Caracas e citado pela agência AP. – Eles nos perseguiram, apontaram armas para nós no nosso portão (de casa) – acrescentou, afirmando que o carro em que estava foi cercado e que os militares ameaçaram abrir as portas do veículo e só se retiraram do local por causa dos protestos de vizinhos. – Foi simplesmente um ato de assédio, de agressão. Isso é bastante irregular, eles entraram no lugar onde moro com minha família, com minhas filhas – insistiu.

Ligações com gangue criminosa

O incidente com Guaidó ocorre dias depois de o governo do presidente Nicolás Maduro acusar líder da oposição venezuelana e seus aliados de terem ligações com uma das maiores gangues criminosas da Venezuela, que foi desmantelada na semana passada. Após 70 horas de confrontos sangrentos entre criminosos e uma força combinada de 2,4 mil oficiais de várias forças de segurança do país, 22 pessoas descritas pelas autoridades venezuelanas como "criminosos" morreram, além de três policiais e um sargento da Guarda Nacional. Maduro, entre outros porta-vozes de seu governo, argumenta que as ações recentes de gangues criminosas fariam parte de um complô para desestabilizar o seu governo e que os criminosos teriam ligações com alguns líderes da oposição, inclusive Guaidó, e seriam apoiados pelos governos de Bogotá e Washington. Os adversários de Maduro rejeitaram as acusações.
 
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