De acordo com o prefeito da capital da Rússia, Sergei Sobyanin, um drone que sobrevoava a cidade foi abatido pelas defesas antiaéreas.
Por Redação, com ANSA e Sputnik – de Moscou
Sheremetyevo, Domodedovo e Zhukovsky – foram temporariamente fechados ao tráfego aéreo na manhã desta segunda-feira devido a um ataque de drones atribuído à Ucrânia, segundo agências russas.

De acordo com o prefeito da capital da Rússia, Sergei Sobyanin, um drone que sobrevoava a cidade foi abatido pelas defesas antiaéreas, levando as autoridades a restringirem preventivamente as operações por motivos de segurança.
O incidente ocorre em meio a uma intensificação das atividades aéreas na região. Segundo o Ministério da Defesa da Rússia, citado pela agência russa de notícias Tass, 93 drones ucranianos foram interceptados ou destruídos durante a noite sobre diversas regiões russas, além do Mar Negro e do Mar de Azov.
O governo de Vladimir Putin detalhou que os sistemas de defesa aérea neutralizaram 45 drones sobre a região de Belgorod, nove sobre Krasnodar, sete sobre Nizhny Novgorod, quatro sobre Voronezh, além de 20 drones sobre o Mar Negro e quatro sobre o Mar de Azov.
Defesas aéreas da Rússia
Na semana passada, as Defesas aéreas da Rússia já haviam fechado dois dos principais aeroportos da cidade após abaterem três drones ucranianos que se dirigiam para Moscou. Logo depois, eles foram reabertos.
A nova ofensiva ocorre no momento em que os Estados Unidos e diversos líderes europeus envolvidos em negociações em Genebra pelo fim da guerra na Ucrânia citaram progresso nas tratativas, porém deixaram a cidade suíça sem um acordo para finalizar o conflito.
Escândalo bilionário de corrupção pressiona Zelensky
Os Estados Unidos vão usar o escândalo de corrupção na Ucrânia como meio de pressionar Kiev a aceitar o acordo de paz com a Rússia, disse à agência russa de notícias Sputnik Brasil o analista brasileiro do Centro de Estudos Geoestratégicos Lucas Leiroz.
A medida foi tomada um dia após Zelensky ter forçado a renúncia de seus ministros da Energia e da Justiça, implicados em um esquema de lavagem de dinheiro no setor energético.
Em meio ao escândalo, Zelensky anunciou, nesta quinta-feira, que visitou soldados que lutam na região sul de Zaporizhzia, onde os militares russos reivindicaram avanços recentes.
A rede elétrica ucraniana foi severamente danificada por ataques russos, que causaram apagões antes do inverno.
A medida presidencial impõe sanções econômicas “pessoais especiais” a Timur Mindich, empresário de 46 anos, incluindo o congelamento de seus bens. Investigadores identificaram Mindich como o mentor do esquema no qual US$ 100 milhões (R$ 528 milhões) em fundos do setor energético foram desviados.
Produtora Kvartal 95
Mindich é coproprietário da produtora Kvartal 95, fundada por Zelensky quando o atual presidente era um famoso comediante. O empresário, que deixou a Ucrânia antes do escândalo vir à tona, também é suspeito de ter influenciado decisões do alto escalão do governo, incluindo o ex-ministro da Defesa Rustem Umerov, atual secretário do Conselho de Segurança Nacional.
A ministra da Energia da Ucrânia, Svitlana Grinchuk, e o ministro da Justiça, German Galushchenko, renunciaram na quarta-feira a pedido de Zelensky, após a revelação do escândalo de corrupção.
Galushchenko, ex-ministro da Energia, também é acusado de receber “benefícios pessoais” em troca de conceder a Mindich o controle dos fluxos financeiros do setor energético.
Grichuk não está diretamente implicada nas acusações de corrupção, mas a imprensa ucraniana a considera uma confidente próxima de Galushchenko.