Rio de Janeiro, 31 de Março de 2025

Moro tende a ser o candidato da Terceira Via, observa analista

Para o cientista político Alberto Carlos Almeida, “o problema não é o nome de Sérgio Moro, mas sim o papel eleitoral que ele cumpre, o de candidato ‘nem, nem’, de Terceira Via, que enfrenta um presidente da República sentado na cadeira de mandatário máximo e um ex-presidente que saiu do cargo bem avaliado depois de oito anos de mandato”.

Quarta, 15 de Dezembro de 2021 às 14:28, por: CdB

Para o cientista político Alberto Carlos Almeida, “o problema não é o nome de Sérgio Moro, mas sim o papel eleitoral que ele cumpre, o de candidato ‘nem, nem’, de Terceira Via, que enfrenta um presidente da República sentado na cadeira de mandatário máximo e um ex-presidente que saiu do cargo bem avaliado depois de oito anos de mandato”.

Por Redação, com RBA - de São Paulo
A chamada terceira via para as eleições de 2022 até agora não dá sinais de que possa decolar, segundo mostrou pesquisa de intenção de voto Ipec, divulgada na véspera, em que o ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) aparece com apenas 8% da preferência do eleitorado.
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Sérgio Moro, caso se confirme na condição de candidato, tende a tirar votos de Bolsonaro
Para o cientista político Alberto Carlos Almeida, “o problema não é o nome de Sérgio Moro, mas sim o papel eleitoral que ele cumpre, o de candidato ‘nem, nem’, de Terceira Via, que enfrenta um presidente da República sentado na cadeira de mandatário máximo e um ex-presidente que saiu do cargo bem avaliado depois de oito anos de mandato”. Segundo Almeida, a polarização entre Lula e Bolsonaro para o próximo ano está consolidada, de acordo a tendência das pesquisas até agora. Na análise de três levantamentos de um período de sete meses, de maio a dezembro, Almeida vê que as posições de Lula e Bolsonaro se fortaleceram frente aos outros candidatos. Almeida comparou as pesquisas Datafolha (11 e 12 de maio); Ipec (16 a 20 de setembro); e Ipec (9 a 13 de dez). — Bolsonaro nesse período se tornou mais fortemente votado por quem avalia positivamente o governo dele, e Lula passou a ser mais fortemente votado por quem avalia negativamente Bolsonaro. Ou seja, os dois candidatos se tornaram mais dominantes ainda nos  terrenos que eles já dominam — afirmou Almeida, em grupo de estudos de política no WhatsApp.

Inviável

Para Almeida, a polarização entre voto de oposição e voto de governo deve se manter durante o desenrolar da campanha no próximo ano. — Isso vai se manter durante o processo eleitoral inteiro, e isso torna o candidato de terceira via, qualquer que seja ele, praticamente inviável. É a velha história, tudo é possível, mas nem tudo é provável — acrescentou. Segundo Almeida, é muito improvável o sucesso de um candidato de Terceira Via, porque ele teria de tirar votos de Lula, já que se coloca como candidato de oposição a Bolsonaro. — E por que alguém que vota em Lula, depositando nele a esperança de melhorar a economia vai deixar de votar em Lula e votar em outro candidato? — questiona. Ele diz, ainda, que o petista é visto como o candidato mais oposicionista ao atual presidente, e Moro já foi do governo Bolsonaro e dificilmente pode ser visto como mais oposicionista.
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